A Visão de um ancião sobre a Congregação Cristã no Brasil

Texto Extraído do livro “Por Trás do Véu – Revelando os Bastidores da Congregação Cristã no Brasil” – Autor Marcelo Ferreira – 2ªEd. Ampliada.

“.....

No início dos anos 90, ou mais precisamente 24/06/1991, houve um encontro, após um culto na Congregação Cristã, entre um padre católico e um ancião. Esse diálogo aberto e com gravação foi um acontecimento inédito na história da CCB, porque ela não costuma participar de debates, encontros e discussões, mesmo que seja para o próprio bem da denominação. Afinal, segundo acredita, se Deus tiver de manifestar a sua vontade, a vontade divina será revelada aos seus servos.

Neste capítulo, estamos publicando a referida entrevista, que ocorreu na casa do próprio ancião. Por questões particulares, preservaremos o nome dos dois ministros.
Antes, porém, é bom saber que quando a CCB diz “seus servos”, está-se referindo aos mais antigos no ministério de ancião. E, para a CCB, os antigos anciães são os únicos membros capazes de receber a revelação direta de Deus em suas reuniões.
A liderança de muitos grupos não-ortodoxos ou pseudocristãos pensa da mesma forma.
Todavia, devemos nos lembrar das palavras do apóstolo Pedro, inspirado pelo Espírito Santo, em 2 Pedro 1.20,21, que dizem:
“Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação”.
“Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo”.
A referida entrevista foi gravada em fita cassete e divulgada em todas as regiões do Brasil, e também no exterior. Para muitos membros da CCB, foi uma brilhante exposição do servo em questão. Mas, ao ser analisada biblicamente, percebe-se claramente que as respostas são baseadas na “interpretação CCB” das Escrituras. Mantivemos o conteúdo original das perguntas e respostas, apenas nos reservando aos comentários.


Vamos à entrevista:

“Padre: Nós viemos da igreja Congregação Cristã no Brasil e vamos então, nuns poucos minutos aqui, conhecer um pouco das suas idéias, das suas confissões, que tem alguns pontos, e para nós também, sem dúvida nenhuma serve, como de fé”.
“Padre: Qual é a confissão que se tem de Deus? É realmente o Deus Uni e Trino a qual a gente vê pelas Igrejas Cristãs, é isto? ”
“Ancião: Realmente, Deus é único, Criador de todas as coisas. É regedor do Universo, Criador dos mundos. E nós cremos nele através das Escrituras Sagradas. Cremos em Deus, cremos em Jesus Cristo, seu Filho, e no Espírito Santo que os representa, guiando a Igreja nos dias atuais”.
(Comentário: afirmação correta)

“Padre: O senhor pode falar para nós bem rapidamente, essa história da Igreja? O senhor, agora há pouco, falava que a Igreja é realmente a origem da Igreja Católica. É isso?”
“Ancião: Nós podemos afirmar que a doutrina, a sã doutrina, cujo fundamento é Jesus Cristo, através da doutrina apostólica, hoje executada dentro da Congregação Cristã no Brasil, porque ela está no Brasil, é aquela originária da Escritura Sagrada, vivida nos primeiros dias da Igreja, antes das inovações nela implantadas. Tais como: batismo de criança; rosário; vela; indulgência; água benta; missa pros mortos; cobrança de indulgências, que dava o direito a determinado...; purgatório, limbo, que são dogmas completamente antibíblicos.Então, até que estas coisas fossem introduzidas, rosário, assunção de Maria, todas estas coisas, antes que existissem, então a Congregação Cristã no Brasil se assemelharia exatamente à doutrina hoje dita romana, mas naquela época, então, Igreja Cristã, como é a Congregação Cristã”.
(Comentário: a afirmação de que a Congregação Cristã era semelhante à Igreja cristã primitiva mostra total desconhecimento da história da Igreja primitiva. Entre as diversas diferenças, apontaremos aqui as duas mais importantes: 1) a Igreja primitiva cumpria o “Ide” de Jesus integralmente e 2) mantinha comunhão com os demais grupos cristãos, independente de diferenças
secundárias.)

“Padre: E essa igreja nasceu no Pentecostes também?”
“Ancião: Não. A igreja nasceu em Jesus Cristo, a igreja nasceu em Jesus Cristo. O derramamento do Espírito Santo foi no dia de Pentecostes. Pentecostes era uma festa judaica comemorada cinqüenta dias depois da Páscoa. Cristo permaneceu quarenta dias vivo entre os seus santos e, subindo aos céus, na ascensão aos céus, então Ele, no dia de Pentecostes, que prova que foi, levou dez dias após a Sua subida aos céus, Ele derramou sobre a Igreja o Espírito Santo. Para que tivesse a liberdade de iniciar a missão que se propagaria pelo mundo, levando o evangelho que é chamado de boas-novas de alegria, acompanhado com a doutrina apostólica, que são as doutrinas contidas nas cartas apostólicas, nos Atos dos apóstolos. Que registram os acontecimentos da Igreja primitiva e que hoje, pela Graça de Deus, na Congregação Cristã no Brasil, conferimos, é exatamente igual. Por isso dizemos que a Congregação Cristã no Brasil é a Igreja na sua origem”.
(Comentário: Para a Congregação Cristã afirmar que é a Igreja na sua origem teria de cumprir alguns pontos: a vida em comunidade, uma observação total dos princípios bíblicos sem novas revelações, a evangelização de todos os povos sem proselitismo e utilizando todos os meios possíveis de comunicação, como foram as cartas apostólicas em seu tempo.)

“Padre: A Igreja tem assim, um resumo de doutrina, além é lógico, de Jesus Cristo que segue?”
“Ancião: Nós temos artigos de fé, nós temos doze artigos de fé. Que são pontos básicos de doutrina. Entre eles, já podemos já dizer que cremos em Deus, e seu Filho, Jesus Cristo, e no Espírito Santo. Portanto, é a Trindade, os três num. Nós cremos na Bíblia como infalível Palavra de Deus, nós cremos no batismo das águas por imersão, como Jesus Cristo recebeu o batismo pelas mãos do profeta João Batista. Nós cremos na promessa do Espírito Santo, que o crente recebe como um dom de Deus. E nós cremos na necessidade de nos abster do sangue, da carne sufocada, da idolatria, porque nós não fabricamos imagens de escultura, não adoramos as mesmas e estes santos que neles nós cremos, porem não os adoramos, cremos porque a Bíblia Sagrada foi escrita pelos homens santos de Deus. Cremos neles, porém a eles não devemos nada, a não ser de que eles foram instrumentos de Deus para que chegasse a nós o conhecimento das Sagradas Escrituras. Porém não os adoramos mas cremos em todos eles. E então, nós não prestamos cultos idólatras, não adoramos imagens de escultura, e nos abstemos da fornicação, da prostituição, ou seja, o homem tem sua esposa e a esposa tenha o seu marido, são pontos fundamentais das Escrituras Sagradas. Nós cremos no milênio, nos cremos na volta do Senhor Jesus Cristo para levar a Sua Igreja e nós cremos na existência de um novo céu e duma nova terra. Que estes que nós contemplamos passarão e haverá novo céu e nova terra para aqueles estiverem dentro da sã doutrina, deixada por Cristo sobre a terra”.
(Comentário: quando o ancião afirma que os membros da CCB crêem em todos os santos, está dizendo que crêem na existência deles em algum período da história da humanidade. Mas é preciso ter muito cuidado ao utilizar a palavra “todos”, pois a galeria de santos do catolicismo também contém personagens que não podemos chamar de “santos” nos moldes dos padrões do cristianismo.)

“Padre: Então essa seria a doutrina. Muito bem! Dentro dessa doutrina, uma coisa que vocês dão bastante enfoque é a Bíblia. A Bíblia representa algo bastante sagrado realmente na Igreja, não é?”
“Ancião: A Bíblia Sagrada é tudo. Tanto é que nós temos o nosso hinário que é a Bíblia cantada. Nós não temos outro livro dentro da Igreja a não ser a Bíblia Sagrada, única. E adotamos dentro da Congregação uma única versão, que é a versão João Ferreira de Almeida, padre João Ferreira de Almeida. Justamente para que toda a irmandade possa acompanhar a leitura. Se fosse outra versão, seria outra versão, mas como esta é de fácil assimilação para o povo, então se adotou a versão João Ferreira de Almeida. E a irmandade, ela adquire pelo preço de custo de norte a sul, de leste a oeste do Brasil. Exatamente sem um centavo de lucro é distribuída para a nossa irmandade, que a adquire e por ela então acompanha a leitura e exposição da Palavra, nos cultos que se prestam a Deus”.
(Comentário: a colocação é positiva e verdadeira.)

“Padre: E toda a irmandade conhece a Bíblia?”
“Ancião: Nós não mantemos estudo bíblico, nós cremos que o Espírito Santo guia o crente, ouvindo a Palavra na Congregação. A irmandade acompanhando...; eles guardam no coração e na hora da necessidade o próprio Espírito Santo trará à mente, a luz na hora da encruzilhada da vida para que o crente tome o caminho que agrada a Deus, e não pegue na encruzilhada, o caminho errado, mas aquele que o Espírito Santo guia, para que ele possa não se afastar de Deus”.
(Comentário: a Congregação Cristã deixa de praticar uma das características mais importantes das igrejas cristãs: o estudo da Palavra de Deus. Vejamos o que diz João 5.39: “Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam”. Examinar é ler, meditar, interpretar e estudar também, tudo sob a direção do Espírito Santo. Infelizmente, são poucos os membros da CCB que conhecem a Bíblia.)

“Padre: Na Igreja Congregação Cristã no Brasil existem sacramentos?”
“Ancião: Se formos chamar de sacramento, existe o batismo, que após os 12 anos...; porque Cristo nunca mandou batizar criança. Ele disse: “pregai o evangelho a toda criatura”, e nós não vamos a maternidade pregar para criança e nem batizamos crianças. Ele disse: “pregai o evangelho a toda criatura, quem crer...”; e para crer precisa ser adulto, porque criança não tem noção das coisas. Então realizamos o batismo para adultos. Então seria um sacramento”.
(Comentário: o batismo é uma ordenança e não um sacramento. O batismo é a confissão pública da transformação do indivíduo após receber Jesus como seu único e suficiente Salvador. A palavra “sacramento” pode ser entendida como um sinal exterior, uma substância. No caso do batismo, visto como sacramento, é a água que concede a graça de Deus à alma. Em nenhum lugar da Bíblia encontramos o ensino de que rituais externos ou substâncias conferem graça e salvação ao pecador.)

“Padre: E qual é o sentido do sacramento, do batismo?”
“Ancião: O batismo é para o perdão dos pecados. O batismo sempre foi para o arrependimento e remissão dos pecados. Não é as águas que perdoam os pecados. Nas águas a pessoa confessa a sua crença no Deus vivo e na doutrina de Cristo. Nasce da água e do Espírito através da Palavra e sela a sua fé sendo batizado nas águas. E o segundo sacramento, que então podemos denominar, seria a Santa Ceia, que é celebrada com o pão e com o vinho, como na sua origem. Nós não usamos um outro ingrediente qualquer. Toda a irmandade participa realmente da Santa Ceia com o pão e com o vinho, como Cristo disse: ‘Tomai e comei, este é meu corpo, tomai e bebei, este é meu sangue”.
(Comentário: como respondemos anteriormente, o batismo é a confissão pública da transformação do indivíduo após receber Jesus como seu único e suficiente Salvador. Temos, sim, de obedecer à ordenança do batismo, porém, não podemos ligá-lo ao perdão de pecados, porque o perdão só pode ser efetuado pelo sangue de Jesus Cristo — conforme 1João 1.7 — não pelo Batismo.)

“Padre: E a salvação, a salvação só existe dentro da Igreja Congregação Cristã no Brasil, ou também nas outras igrejas cristãs, é lógico, existe a salvação?”
“Ancião: A Salvação está em Jesus Cristo. A Congregação Cristã no Brasil não é concessionária, como a Volkswagen que só vende volks. A Congregação Cristã no Brasil é uma igreja evangélica, não é só ela que salva, quem salva não é ela. A Igreja Cristã não salva, porque o crente dentro da Congregação se não observar a Palavra de Deus não alcançará a vida eterna. Agora há na atualidade dentro da Congregação Cristã no Brasil, a sã doutrina, que não está nas seitas, porque as seitas e religiões vivem às custas de dinheiro, e de montar interesses próprios e divisões e adquirir rádios, adquirir televisão, cultos em praças públicas, movimentando e enganando, explorando a ignorância do povo, que lamentavelmente não conhece a Escritura Sagrada. Na Congregação Cristão no Brasil, pela Graça de Deus, não se cobra um centavo de ninguém. Contribuição se lá existe é voluntária, porque Cristo disse: “Dai de graça o que de graça recebestes”.
(Comentário: Vemos, aqui, uma generalização de que todas as comunidades e igrejas são seitas e religiões. Nenhum grupo, além da CCB, é visto por ele como verdadeiro. Não poupando críticas às práticas das igrejas em seus métodos de divulgação do evangelho e subsistência, vemos aqui um exemplo de seu exclusivismo.)

“Padre: O senhor também já foi católico. Hoje, como que o senhor vê a Igreja Romana?”
“Ancião: A igreja romana...; a gente vê ela ligada a Roma. A um homem, falível com o nome de infalível. Nós não vemos na figura do homem de Roma a figura de Pedro, o pescador da Galiléia, que não quis ser adorado por Cornélio. Cornélio centurião, quando prostrou-se aos pés de Pedro, Pedro disse: ‘levanta-te Cornélio, eu também sou homem como tu, adora a Deus’. Portanto nós adoramos a Deus e não nos vinculamos a homem, idolatrando-o como também as imagens, não as idolatramos. Vemos ela completamente deturpada das suas origens, é uma resposta anterior que demos. A igreja católica perdeu o rumo, mais ou menos no terceiro século da sua existência. Quando no império romano... houve interesses políticos, adentraram à Igreja em troca de favores, e a partir daqueles favores prestados, misturou-se doutrina com Estado e com política, e dali pra frente ela destrilhou-se e deixou de ser a sã doutrina, que Cristo havia deixado sobre a Terra. E previsto profeticamente pelo apóstolo Paulo que dizia: ‘depois da minha partida entrarão no meio de vós lobos devoradores...’, e disse também Timóteo: ‘eles voltarão às fábulas, voltarão às mentiras, levantarão para si doutores segundo as suas próprias concupiscências e se desviarão os ouvidos da verdade e voltarão às fábulas’. Foi exatamente isso que aconteceu, lamentavelmente com a Igreja romana aonde eu estive até a idade em que, conhecendo a Bíblia Sagrada, indicada pelo próprio catecismo, e na decepção tão grande que eu levei, ao comparar o catecismo com o teor da Escritura Sagrada, então eu preferi ficar com a Escritura Sagrada”.
(Comentário: uma explanação coerente sobre o gradativo afastamento da Igreja Católica da Palavra de Deus, o que serve também como uma reflexão para a atual situação da CCB. É um exemplo para não cometermos os mesmos erros.)

“Padre: Senhor Ancião, hoje aqui no Brasil há uma preocupação bastante séria com as seitas, infelizmente. E muitas dessas seitas ainda usam o nome de Cristo para pregar. O senhor já comentou ali atrás, que usam inclusive para montar mais templos, o dinheiro, exatamente o materialismo existe aí. Como que o senhor vê o crescimento tão grande das seitas, o porque será disso aí ?”
“Ancião: É o interesse! É o interesse monetário, divisão de ideologias. Mas nós devemos lembrar do que Cristo disse: ‘nem todo aquele que diz Senhor, Senhor entrará no reino dos céus’. ‘Pelos seus frutos os conhecereis, parecem ovelhas, mas são lobos devoradores’. O interesse realmente da salvação é uma coisa secundária, em primeiro lugar está a formação do patrimônio dos titulares de tais denominações”.
(Comentário: uma exposição importante, mas vale ressaltar que não podemos generalizar todos os grupos.)

“Padre: E hoje, é possível ainda o ecumenismo, principalmente das Igrejas Cristãs?”
“Ancião: O ecumenismo...; nós já fomos convidados como anciães, para nos juntar. Inclusive, através de um reverendo da igreja Luterana. Que nos procurava para que fizéssemos união a eles, como mediador de um sacerdote. Aí fomos conferir os pontos de doutrina para ver se havia possibilidade, mas esbarramos de cara no batismo. Porque a Igreja batiza criança, a romana, dizendo que o batismo está no lugar da circuncisão. E nós não poderemos de modo algum concordar com isso. Porque na circuncisão, Deus mandava o homem ser circuncidado ao oitavo dia. Mas o batismo Cristo foi bem categórico em dizer: “aquele que crer e for batizado...”.
“Nada tem a ver circuncisão com batismo. Quer dizer, esbarrando e dando de encontro neste primeiro ponto, lamentavelmente hoje, não existe condição da Congregação Cristã no Brasil unir-se com qualquer denominação. Ela é, e será livre e independente de política e de qualquer outro ou qualquer tipo de religião ou de seita. Ela é o caminho de Deus, ela é a sã doutrina, que conduz a aquele que crer em Jesus Cristo a vida eterna. Glória a Deus!”
(Comentário: quanto ao ecumenismo, acredito realmente ser contrário à doutrina cristã genuína, pois envolve abrir mão de princípios fundamentais da fé cristã. Dizer que não é possível a CCB se unir com qualquer outra denominação é uma expressão do exclusivismo e do legalismo desta denominação. Agora, afirmar que a CCB é o caminho de Deus, a sã doutrina que conduz todo aquele que crê em Jesus Cristo à vida eterna é simplesmente uma afirmação antibíblica, pois o próprio Jesus afirmou no evangelho de João 14.6: “Disse-lhes Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim”. O mais difícil é ver isto ser defendido por um ministro da CCB, um ancião! Nem a CCB nem outra denominação séria são o caminho, antes, são apenas instrumentos usados por Deus para a propagação do evangelho de Jesus Cristo à toda a humanidade. São partes do Corpo de Cristo.)

“Padre: Que bom! Que isto seja realmente uma Obra do Espírito Santo”.
“Padre: E como o senhor vê o celibato dentro da Igreja católica?”
“Ancião: O celibato é antibíblico; capítulo 3 de 1Timóteo diz assim: “Quem deseja o episcopado excelente obra deseja”.
“Convém que o bispo seja irrepreensível, não dado ao vinho, não espancador, de torpe ganância, mas ele deve ser casado. Ter seus filhos em sujeição, viver na modéstia, dominar bem a sua casa. Porque se ele não souber cuidar da sua casa, da sua própria família, como poderá ter cuidado da Igreja de Deus?”. Como que poderá uma pessoa que não constitui família aconselhar filho dos outros? Quando ele nem conhece a experiência de família!? Então isso aqui é antibíblico, este dogma de celibatário é uma coisa que... é contra a própria natureza. Porque Deus deixou o homem para unir-se a uma mulher, e a mulher para unir–se ao homem. Porque Ele mesmo disse: “Não convém que o homem fique sozinho, far-lhe-ei uma adjutora ”. Então o celibato é uma coisa antibíblica, total e categoricamente”.
(Comentário: uma exposição equilibrada.)

“Padre: E como que a Igreja Congregação Cristã vê Maria, é a mãe de Deus, ou simplesmente uma mulher que foi instrumento de Deus ?
“Ancião: Maria foi instrumento de Deus. Deus naturalmente não iria escolher uma pecadora. Escolheu uma santa e reconhecemos a santidade de Maria. Agora, há de se convir, que Maria deu a Jesus Cristo a natureza humana, como carne e como mulher, mas a natureza divina ela não deu a Cristo, porque Cristo já existia antes da fundação do mundo. Então Cristo trouxe a natureza divina do Pai e não deve nada a Maria. Porque Deus não deve nada a carne e não deve a Maria. E Maria quando achou–se concebida do Espírito Santo, ela não disse: sou senhora. Ela disse assim: ela louvou a Deus e como serva, achando–se agraciada, e que Deus fizesse com ela aquela obra tão gloriosa, usando-a como instrumento para que nela fosse, então no seu ventre, gerado pelo Espírito Santo, o rei da glória, Jesus Cristo, o verdadeiro Filho de Deus. Para que Ele como Filho manifestado na carne, pudesse se chamar verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Porém, Maria, respeitamos ela e inclusive, cumprimos o único mandamento que ela nos deu, que está no capítulo 2 de S. João, nas bodas de Caná da Galiléia. Cujo, Caná da Galiléia eu estive lá e conheci a cidade. E ela deu o mandamento: ‘Fazei tudo o que Ele vos disser’. Porque ela foi falar com Cristo que não tinha vinho e Ele disse: ‘Que tenho eu contigo, mulher, ainda não é chegada a minha hora’. E ela disse: ‘Fazei tudo o que Ele vos disser’. E, realmente, estamos fazendo tudo o que Cristo nos disse, porque Maria mandou nós fazermos, o que Cristo mandou fazer”.
(Comentário: uma exposição razoável, apenas uma observação: fazemos o que Cristo nos ordenou fazer por obediência à sua palavra e porque Jesus é Deus e não por ordem de Maria.)

“Padre: Independente das imagens, das esculturas que nas Igrejas católicas existem, o senhor acredita que esses santos estão no céu realmente? Por exemplo: Santo Agostinho, São Francisco de Assis e tantos outros?”
“Ancião: Cristo disse, capítulo 03 de S. João: ‘ninguém subiu ao céu, quem desceu do céu, o filho do homem que voltou novamente para o céu ’. Cristo é o único que veio e voltou novamente para o céus. Quando Ele levar a Sua igreja para os céus, Ele vai levar todos, desde Abel até Zacarias, morto entre o alpendre e o altar, como a serviço de Deus. Os Santos apóstolos, os Santos da atualidade e a própria Maria serva de Deus. Ela irá no céu junto com a Igreja, porque não houve ainda a ressurreição dos mortos. Cristo é as primícias dos que dormem. Todos quantos morreram em Cristo, só serão ressuscitados na sua volta, todos os Santos profetas, apóstolos, inclusive Maria”.
(Comentário: vemos, aqui, que o ancião não acredita que os que morreram em Cristo estão no céu. Todavia, vejamos o que diz o apóstolo Paulo em Filipenses 1.23: ‘Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir, e estar com Cristo, porque isto é ainda melhor’. Diante disso, perguntamos: onde está Jesus? Com certeza, no céu, assistindo-nos e intercedendo por nós em todos os momentos de nossa vida.)

“Padre: E até agora, onde estão estes que morreram em Cristo? Como Maria por exemplo? ”
“Ancião: Estão em lugar reservado por Deus, segundo as Escrituras Sagradas, até nos fala o livro de Apocalipse, que os santos reclamavam, certamente num símbolo, dizendo: ‘até quando Senhor terás a nossa alma aqui nesse lugar, e não vingas o nosso sangue derramado pelo amor da tua obra’. E Deus disse: ‘tenhais paciência, aquietais por mais um pouco até que se complete o número dos escolhidos”.
(Comentário: O ancião citou Apocalipse 6.10. Mas, analisando o versículo 9, vemos que os mártires mortos por amor à Palavra de Deus estão debaixo do altar. Que altar? Creio que seja o altar de Deus, significando algum lugar no céu, próximo do Senhor.)

“Padre: Como será o fim do mundo, existirá realmente? Será com água, será com fogo, como será?”
“Ancião: O fim do mundo segundo as Escrituras Sagradas: ‘os céus e Terra que agora existem se reservam para o fogo’. Como exemplo já de Sodoma e Gomorra que já pereceram pelo fogo, assim será o mundo também destruído. E junto com ele serão destruídos os homens do pecado, o diabo, Satanás e todos os anjos caídos. O inferno não foi construído para o homem, foi construído para o diabo e seus anjos. Só que os homens que não obedecerem a Deus irão morar com o diabo”.
(Comentário: uma resposta simples, porém, razoável.)

“Padre: Muito bem eu agradeço então sr. Ancião, por esta oportunidade de conhecer e também de ver um pouco sobre as constituições e sobre a doutrina da Congregação Cristã. E que realmente possamos junto neste caminho de Cristo, sempre ser instrumento do Pai, para que levemos aos outros este caminho de salvação. Obrigado!”
“Ancião: Eu, espero que tenhamos outra oportunidade para nos encontrar. Parece que teremos muito a conversar, absolutamente não querendo diminuir a fé. Mas se Deus nos dar oportunidade de mostrar a ele certamente mais alguma coisa que, talvez não conheça. Como também, ele poderá me mostrar alguma coisa que será de mais uma bagagem para a nossa vida cristã. Muito obrigado por conhecer você e estou muito contente, e esperamos brevemente uma nova entrevista”.
“Padre: Obrigado”.

.......”

Fonte: Portal CCB Online

Comentário Apologético Sobre o Ponto de Doutrina nº 9 da CCB

9º - Devemos nos abster das coisas sacrificadas aos ídolos, do sangue, da carne sufocada e da fornicação, conforme mostrou o Espírito Santo na Assembléia de Jerusalém (Atos 15:28-29; 16:4; 21:25).

As pessoas que cometerem tais pecados deverão ser exortadas com amor, à luz da Palavra de Deus (Bíblia) e sem ameaças de qualquer ordem, a não mais os praticarem. Lembremo-nos sempre do que certa vez disse Jesus aos escribas e aos fariseus: “Quem dentre vós estiver sem pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra” (João 8:7).

João também escreveu dizendo: “Se dissermos que não temos pecado algum, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. Se dissermos que não temos cometido pecado, nós o tornamos mentiroso, e sua palavra não está em nós” (1 João 1:8-10). João disse ainda que se pecarmos temos um Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o justo, que é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos pecados de todo mundo (1 João 2:1-2).

O apóstolo Tiago também nos ensina que “se algum de vós se desviar da verdade e alguém o reconduzir a ela, sabei que aquele que fizer um pecador retornar do erro do seu caminho salvará da morte uma vida e cobrirá uma multidão de pecados” (Tiago 5:19-20).

Um dos maiores exemplos bíblicos do perdão divino acha-se em Davi. O rei Davi, de cuja linhagem humana descendeu Jesus, cometeu pecados graves, mas Deus o perdoou, mediante a confissão do seu pecado e do seu arrependimento. Ele escreveu: “Bem-aventurado aquele cuja transgressão é perdoada e cujo pecado é coberto” (Salmo 32:1). E: Confessei-te o meu pecado e não encobri minha culpa. Eu disse: confessarei as minhas transgressões ao Senhor; e tu perdoaste a culpa do meu pecado. Assim, todo homem piedoso te fará súplicas em tempo de poder te encontrar” (Salmo 32:5-6).

Porém, estejamos atentos às advertências contidas em Romanos 6:12-13: “Portanto não reine o pecado em vosso corpo mortal, a fim de obedecerdes aos seus desejos. Tampouco apresenteis os membros do vosso corpo ao pecado como instrumentos do mal; mas apresentai-vos a Deus como vivificados dentre os mortos, e os membros do vosso corpo a Deus como instrumentos de justiça”; em Hebreus 10:26-27: “Se continuarmos intencionalmente no pecado, depois de receber o pleno conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados, mas uma terrível expectativa de juízo e um fogo ardente que destruirá os adversários”; e no capítulo 12 e versículos 16 e 17 do mesmo livro: “Ninguém seja imoral ou profano, como Esaú, que por uma simples refeição vendeu o seu direito de primogenitura (...) e não achou lugar de arrependimento, ainda que o buscasse com lágrimas”.

Outrossim, não encontramos base bíblica neotestamentária para a exclusão ou o afastamento temporário de membros do seio da igreja. A salvação é individual, e aqueles que tomam as atitudes descritas nas três últimas citações bíblicas acima, receberão sobre si os castigos descritos nas Sagradas Escrituras, sem a necessidade de qualquer ato restritivo da liberdade litúrgica (“perda da liberdade”) por parte do Ministério da igreja. Está escrito: “a obra de cada um se manifestará; pois aquele dia a demonstrará, porque será revelada pelo fogo, e o fogo testará a obra de cada um” (1 Cor. 3:13); e também: “(...) as boas obras aparecem com antecedência, e as obras más não podem permanecer ocultas” (1 Timóteo 5:25).

Temos plena ciência do texto de 1 Coríntios, capítulo 5, e da punição que Paulo sugere que se faça. Entretanto, salientamos que ali ele se referia a práticas específicas daquela igreja, e que extrapolavam até mesmo os limites morais das pessoas mundanas, sendo, portanto, completamente intoleráveis aos cristãos. Corresponderiam hoje, em gravidade, a atos tais como estupro e práticas incestuosas que, além de pecados, são crimes, puníveis não somente pela lei de Deus, mas também dos homens. É por essa razão que o apóstolo já inicia o capítulo dizendo: “De fato, ouve-se que há imoralidade entre vós, e imoralidade do tipo que nem mesmo entre os gentios se vê, a ponto de alguém manter relações sexuais com a mulher de seu pai” (1 Cor. 5:1).

A Arrogância do Ministério da Congregação Cristã no Brasil

Lidar com pessoas que têm crenças ou pontos de vista diferentes dos nossos é sempre um exercício de humildade e de bom senso. Nem sempre é preciso abrir mão das convicções que se tenha, mas é necessário ouvir o outro com serenidade, de forma respeitosa, sem colocá-lo numa posição de inferioridade ou de “inimigo”.
Se percebermos que estamos enganados, ou que não cremos no que afirmávamos, então entra em ação a humildade. Reconhecemos o nosso equívoco e buscamos seguir a verdade que até então desconhecíamos. Todavia, se formos arrogantes, mesmo percebendo o nosso engano não nos arrependeremos dele e, por orgulho, não admitiremos nosso erro. Não suportaremos a “vergonha de confessar que não somos perfeitos” e que por isso estivemos errados. Trata-se muito mais do que apenas uma questão de opiniões divergentes: é uma questão de humildade ou arrogância; de admitir ou não que o outro esteve certo e nós errados. E, se aquele que tinha razão, estiver numa posição hierárquica inferior a nossa, mais humildade ainda será necessária para isso!

Acontece que poucas instituições no mundo são tão intolerantes quanto a “Congregação Cristã”, e são comandadas por pessoas tão arrogantes quanto os seus ministros. Todo membro da CCB sabe que qualquer verdade que seja dita por alguém que não pertença ao Ministério da igreja, não possui valor algum para a instituição.

O “sistema” da “Congregação Cristã” é tão fechado e legalista, que opiniões só são admitidas se forem provenientes do seu “santo” Ministério espiritual. Porém, de maneira nenhuma é suficiente pertencer ao Ministério para ser respeitado... esta é apenas a condição sine qua non (condição indispensável para realizar algo) para que os pensamentos de alguém sejam minimamente tolerados. Para ser realmente ouvido, e levado a sério, é extremamente necessário possuir um dos sobrenomes tradicionais dos “Servos” da CCB, como Couri, Spina, Santin ou alguns outros poucos: é a oligarquia ítalo-brasileira da Congregação Cristã no Brasil.

O termo “oligarquia” (do grego ολιγαρχία, de oligoi, poucos, e arche, governo) tem sua melhor significação como sendo “governo de poucos, em benefício próprio”. No caso da CCB, a palavra se refere às famílias dos “mais antigos” ou “primitivos da obra”, que são, na sua maioria, descendentes de imigrantes italianos que vieram para ao Brasil. É inegável que isto está diretamente associado ao fato de o fundador da denominação ter sido um italiano, Luis Francescon. Entretanto, o que isto tem a ver com a salvação e com a maneira como as pessoas são tratadas pela igreja?!
Além disso, os “sangue-azul” da CCB, a elite ccbista, como não poderia deixar de ser, é nepotista. Na verdade, trata-se da prática dos “cargos ministeriais hereditários”. É completamente improvável que um filho de Ancião não venha um dia a “herdar” o ministério do pai, mesmo sem possuir unção (do Espírito Santo, não a que é dada no momento da ordenação) e maturidade espiritual para tanto.

Mas, esperar outra coisa de pessoas que ensinam os fiéis que estão “na única igreja verdadeira”, “a que mais se parece com a primitiva igreja cristã”, a “graça maravilhosa”; a menosprezar todas as outras igrejas cristãs, rotulando-as indiscriminadamente de “seitas”, a não crer na suficiência do sacrifício de Jesus Cristo na cruz do calvário para nos salvar, e em seu “fardo leve e seu jugo suave”, ou seja, na salvação pela fé, precisando, por esta razão, “completá-lo” com obras (pensar assim, é muito mais do que cometer heresia; é apostatar da fé cristã, ou seja, não crer que Jesus é o único suficiente salvador), especialmente no que se refere a usos e costumes, tais como véu, ósculo santo, homens de terno e gravata na igreja, e etc., infelizmente, é pedir demais.

Receamos que a “Congregação Cristã” tenha dado inicio a um processo irreversível. Todavia, as vozes dissonantes dos que tentam alertá-la do seu erro, ainda não se calarão. Não ocorra, no dia do juízo, de algum ccbista (muito menos do Ministério) alegar desconhecimento destas coisas perante Deus.

20 COISAS QUE A CCB PRECISARIA FAZER PARA DEIXAR DE SER UMA SEITA E SE TORNAR UMA IGREJA EVANGÉLICA DE VERDADE

1 Estudo sistemático (permanente) da Palavra de Deus (Bíblia) = Estudo Bíblico, organizado por faixas etárias = Escola Bíblica

2 Preparação bíblica para os pregadores. É inadmissível que um pregador não conheça profundamente toda a Bíblia Sagrada

3 Comunhão com todas as igrejas evangélicas = A Congregação Cristã não se considerar mais a “graça”, a única Obra de Deus na Terra (fim do exclusivismo)

4 NÃO ao rebatismo de cristãos batizados de acordo com Mateus 28:19/NÃO ao proselitismo (“pesca de aquário”)

5 NÃO à mentira do pecado de morte ser o adultério e a fornicação. Pecado para a morte (sem perdão) é somente a blasfêmia contra o Espírito Santo (Mateus 12:31-32)

6 Fim dos cortes de liberdade por tempo indeterminado, isto é contrário ao amor cristão = aconselhamento/disciplinamento aos que pecam

7 Fim do NEPOTISMO. Parentes de membros do Ministério não devem ser indicados por seus familiares ou amigos de seus familiares para fazerem parte do Corpo Ministerial.

8 Fim da DITADURA DOS “MAIS VELHOS”. A CCB não é um quartel para que a antiguidade (ou a patente) determine o respeito que se deve ter uns pelos outros, ou para que se diga “amém”para tudo o que os “mais antigos” falem . Honre-se o dom e a espiritualidade que Deus, por Sua inifinita misericórdia, deu a cada um, e não somente os anos de Ministério que alguém tenha. Se a idade de uma pessoa refletisse, necessariamente, a sua maturidade espiritual, então Jesus não mereceria nenhum crédito da nossa parte, pois começou seu Ministério com apenas 30 anos, tendo vivido entre nós somente até os 33. Respeitem-se os anciães, porém, lembrando que eles são tão sujeitos a erro quanto qualquer um.

9 Fim de se falar (e de se permitir que se fale) contra outras igrejas e seus dirigentes. Quem quiser defender a doutrina da Congregação, faça-o sem denegrir a imagem das outras denominações sérias

10 Santa Ceia higiênica = copos descartáveis para servir o vinho. Deve-se “beber do cálice” mas não “no cálice”. A CCB tem interpretado erroneamente esta passagem bíblica porque o seu Ministério, além de despreparado bíblica e secularmente, ainda não aceita que outras pessoas os corrijam, para o bem da igreja.

11 Fim da SINTOLOGIA, o “sentir” para tudo = há coisas que se deve sentir para fazer, mas não tudo. Não é necessário “sentir de orar”, por exemplo. A oração é uma obrigação do crente

12 Fim do mito da “infalibilidade ministerial” = O Ministério é tão pecador e sujeito a erro quanto o restante da igreja. Um pregue e os outros julguem se é Deus quem está falando pelo Espírito Santo

13 Fim dos ensinamentos secretos = lista de ensinamentos abertas = reuniões ministeriais abertas

14 Participação feminina na orquestra/colocação de irmãs competentes para a função de maestrinas/liberdade para se formar outros grupos musicais na igreja, além da orquestra

15 Remuneração dos ministros que se dedicarem integralmente ao presbitério. “O trabalhador é digno do seu salário” (1 Timóteo 5:18). Este, deve obedecer ao descrito em 1 Timóteo 3:1-13.

16 Adoção do DÍZIMO, pois ele não é da Lei, é anterior a ela. Abrão deu o dízimo a Melquisedeque (Gn. 14:20 b). Jesus era dizimista, se não fosse os fariseus teriam acusado ele disso, como faziam em relação ao sábado = As cinco coletas da CCB não são bíblicas, mas o dízimo é! = Fim das coletas

17 Fim do mito de que “o crente não peca, comete falha, fraqueza” = todos nós somos pecadores: “Aquele que diz que não peca faz Deus de mentiroso” (1 João 1:7)/pecado não é só adultério e fornicação

18 Aceitação de Palavras (pregações) preparadas previamente. O Espírito Santo não inspira os servos de Deus somente na hora do culto. Além disso, podem haver revelações dadas pelo Espírito Santo, mesmo dentro de uma Palavra preparada.

19 Fim de se pregar USOS E COSTUMES COMO DOUTRINA (legalismo)= o véu, o ósculo santo, e a recomendação de que as mulheres devem ter seus cabelos crescidos (podendo-se entretanto cortá-los), podem ser mantidos, mas não devem ser ensinados como doutrina; isto são apenas usos e costumes e não influenciam em nada na salvação de cada um.

20 Batismo trinitário (Mateus 28:19): em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, por imersão = Fim da absurda fórmula batismal em nome da “quaternidade”: “em nome de Jesus (1 pessoa), e em nome do Pai (2 pessoas), do Filho (3 pessoas) e do Espírito Santo (4 pessoas).

Aceito contestações de cada um dos itens desta lista, desde que sejam feitas com equilíbrio, e com base na Bíblia Sagrada.

Caso alguém queira produzir textos maiores, e também sobre outros assuntos, eles poderão ser publicados aqui, mesmo que sejam para defender a CCB. É claro que estes textos virão acompanhados de um comentário meu, mas ao menos estou disponibilizando este espaço para vocês colocarem o seu ponto de vista.

Quem aceitar a proposta, faça os textos e me mande por e-mail, para revisão, e depois eu publico nas condições que eu falei. mailto:cristaorevoltado@gmail.com

“A Fé Sem Obras é Morta”. Mas... QUAIS Obras?

A fé sem obras é morta” (Tiago 2:26). No entanto, há de se diferenciar as obras da fé, dos usos e costumes. Exemplos de “obras da fé”, segundo Tiago: paciência (Tiago 1:3); sabedoria (Tiago 1:5-6); não fazer acepção de pessoas (Tiago 2:1); caridade (Tiago 2:15-16); crer em um só Deus (Tiago 2:19); obediência aos ordenamentos de Deus (Tiago 2:21).

“Obra”, no sentido que o autor sugere, é sinônimo de “manifestação”, “demonstração”: “mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras” (Tiago 2:18). Por isso, o apóstolo exemplifica dizendo: “E, se o irmão ou a irmã estiverem nus, e tiverem falta de mantimento quotidiano, e algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos, e fartaivos; e não lhes derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito virá daí? Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma” (Tiago 2:15-17). Ou seja: de que adianta teres fé que Deus, porque Ele é bom, pode suprir as suas necessidades, se tu mesmo, podendo ajudá-lo, não fazes esta obra, esta demonstração de amor?).

Realmente, não tem valor algum uma pessoa dizer que tem fé em Jesus, se não pratica os seus ensinamentos, como o amor, o perdão e a fé em Deus. O que se enfatiza na Congregação Cristã, entretanto, não são as obras da fé, mais sim os usos e costumes, que além disso recebem ali o status de “doutrina”. É contra isso que falamos aqui. A fé deve ser acompanhada pelas obras, que são suas demonstrações, mas não por uma série de “exibições visuais” de cunho legalista, como é exaustivamente ensinado nesta e em outras igrejas, sobretudo nas pentecostais.

Se os usos e costumes fizessem alguém ser mais íntimo de Deus, então os fariseus teriam sido os melhores amigos de Jesus.

O livro "Por Trás do Véu - a história da primeira igreja pentecostal brasileira", de autoria de Marcelo Ferreira foi lançado no início deste ano pela Editora Betesda, e pretende contar a história da Congregação Cristã no Brasil (CCB) e também desvendar bastidores que os estudiosos da denominação não tinham acesso.
Na ocasião do lançamento do livro, o autor ainda era membro da CCB, porém cerca de dois meses após a publicação Marcelo foi chamado à uma reunião com a cúpula da denominação e foi excluído da mesma. Esta exclusão resultou numa ampliação do livro e lançamento da segunda edição no final do mês passado.
Leia abaixo uma resenha do livro feita pelo próprio autor:

Conheça o livro " Por trás do Véu"

Ao leitor
Até hoje, muito se escreveu a respeito de uma das maiores denominações evangélicas do Brasil. E isso por conta de sua marcante presença no cenário evangélico. Estamos falando da Congregação Cristã no Brasil.

Um dos problemas mais complicados que alguém pode encontrar quando se empenha em pesquisar a historicidade de um povo, de um segmento religioso ou de uma organização denominacional é, sem sombra de dúvidas, a falta de informações, ou seja, de dados remanescentes de fácil acesso. Quando isso acontece, é porque não houve interesse, por parte da instituição pesquisada, em preservar, em conservar a sua memória.

A CCB, em toda a sua existência, pouco relatou, de forma documental, a si própria como sendo uma denominação, e muito menos registrou a história dos principais personagens envolvidos em sua fundação e expansão, tanto dentro quanto fora do Brasil.

E agiu dessa forma porque compreendia que se escrevesse muito, detalhando o trabalho de todos os seus membros, poderia incorrer numa espécie de idolatria aos seus personagens e, dessa forma, ofuscar a obra do Espírito Santo.

Podemos, ainda, perceber que, ao omitir certos fatos, a CCB teria a facilidade de não ter de esclarecer algumas dúvidas perenes aos seus membros que, por esse motivo, desconhecem totalmente a verdadeira história de sua denominação.

Aliados à crença de que todas as decisões do ministério dizem respeito à "vontade de Deus", quase todos os seguidores da CCB aceitaram suas vagas explicações, sem questioná-las. Afinal, segundo acreditam, são os "únicos representantes de Deus na terra", por isso se submeteram, sem nenhuma restrição, à ditadura dos "ungidos de Deus", como eles gostam de se referir um ao outro.
Foi justamente isso que causou um grande abismo entre os primórdios da CCB e suas transformações atuais. Lamentavelmente, pouco se escreveu sobre a primeira denominação evangélica pentecostal que chegou ao Brasil.

Mas, impulsionado por Deus e pelo desejo empreendedor e pesquisador, e também pela necessidade gritante de uma resposta para essa diferente forma de agir na obra de Deus, conseguimos ferramentas e acessórios importantes que nos ajudaram não apenas a transpor este abismo, mas também a descer até o fundo dele. E, graças a Deus, essas preciosas informações irão nos fazer compreender esse tipo diferente de evangelismo praticado pela CCB. E não só isso. Iremos, ainda, por meio dessas informações, compreender as consideráveis transformações pelas quais a CCB passou ao longo de toda a sua existência.

Foram anos de muito trabalho e pesquisa, realizados com esmero e dedicação. Mas, agora, podemos retratar a intimidade ainda não abordada da CCB.

Anteriormente, muitos pesquisadores, estudiosos e escritores acirraram seus comentários baseados apenas e tão-somente nas diferenças doutrinárias, de usos e costumes, dessa denominação. Infelizmente, deixaram de abordar, com mais informações, a transformação e os principais fatos ocorridos ao longo da trajetória da CCB. Com isso, deixaram lacunas difíceis de serem interpretadas, tanto em relação à história da CCB e à grande contribuição de seus primitivos membros.

Em verdade, a CCB, como igreja, colaborou sim, e ainda colabora (sendo uma das ferramentas de Deus), com a divulgação das boas-novas do evangelho. Em seus templos, milhares de pessoas receberam, e ainda recebem, a pregação da Palavra de Deus, que transmite vida, e são libertas da escravidão do mundo, por meio de nosso Senhor Jesus Cristo.

Mas, lamentavelmente, a falta de estudo da Palavra de Deus levou seu ministério a exercer características radicais e exclusivistas ao longo do tempo. E, por esse motivo, estabeleceu-se uma cultura oral que é a base do atual "sistema" (se é que podemos chamar assim) da CCB. Sistema esse que, quando analisado mais a fundo, contradiz a história inicial dessa denominação e choca seus membros recém-chegados e até mesmo os mais antigos.

Apesar de tudo isso, devemos lembrar que o povo da CCB é dedicado, fervoroso, fiel. O que depõe contra eles é o fato de não serem convencionais quanto à fé cristã. Agem dessa maneira por conta da cultura oral (diferente dos demais evangélicos) perpetuada pelos princípios que absorveram, inocente e sutilmente, ao longo do tempo. E fizeram isso sem questionar, levados, principalmente, pela falta de instrução e de uma interpretação mais profunda de certos pontos da Bíblia. Ou seja, não se dedicam ao estudo da Palavra.
Por isso, consideramos importante e necessário levantar dados históricos, declarações e documentos (dos mais diversos países) para que possamos compreender melhor os seguintes fatos:

- O trabalho do missionário Louis Francescon e seus companheiros na antiga Chicago, EUA, no início do século 20.
- A Assembléia Cristã de Chicago e seu contato com o avivamento do Espírito Santo.
- Seu avanço missionário nas comunidades italianas na Europa e América do Sul.
- O início do pentecostalismo no Brasil.
- As práticas da Congregação Cristã nos seguintes períodos: início, durante as transformações e nos dias atuais. Suas posições doutrinárias em relação ao contexto evangélico.
E como muitos irmãos dessa denominação entendem os principais pontos de sua fé e doutrina.

De acordo com a Palavra de Deus, trazemos algumas respostas para esclarecimento e reflexão sobre os principais pontos de questionamento da doutrina e dos usos e costumes praticados por essa denominação.

O caráter deste trabalho é baseado na união e no temor do Senhor e na sua Palavra, procurando sempre manter a imparcialidade. Não esgotamos aqui todos os fatos, mudanças e acontecimentos, mas abordamos o que consideramos ser o foco principal da análise que, com a ajuda de Deus, pode nos trazer compreensão e luz para a atual situação da CCB.

Finalizando, gostaria de dizer que o meu desejo é responder, com "mansidão e temor", àqueles que nos indagam a respeito da esperança que há em nós, conforme está escrito em 1Pedro 3.15.
A minha proposta é que o leitor faça uma reflexão sincera sobre os pontos aqui abordados.

Por isso, convido-o a pegar a sua Bíblia Sagrada e examiná-la. Viaje comigo pela história da CCB, que, nesta obra, será contada de maneira séria, imparcial e fraterna. Antes de tudo, é um alerta.
Que ao Senhor Deus, em nome de Jesus Cristo, sejam a glória, a soberania, o poder, a majestade e o louvor pelos séculos dos séculos!
O Autor

Fonte: Blog Teologia Básica CCB

Protesto de um irmão, enviado por e-mail

Em 26/06/09, Nielton Jr. Simões escreveu:

"Oi, Meu nome é Nielton Junior Simoes, tenho 25 anos venho por este-mail fazer depoimento sobre o Blog.

Desde criança sou da Congregação Cristã no Brasil, hoje 26/06/2009 li varios textos que falam sobre a congragação, li muitas coisas ofensivas, sem amor a seu proximo, coisas que nao são verdades, pois hoje tenho um a consciencia sobre religião e fé bem diverente do que vocês escreveram no blog, pois numca em toda minha vida vi meu Pai e ou alguem falando mau das outras igrejas, mas sim coisas que nao tem base alguma dentro das sagradas escrituras, eu aprendi que Deus é misericordioso para com todos.

Venho atraves deste e-mail protestar sobre o depoimento do jovem irmão que que sua tia era do mundo e se tornou por misericodia de Deus da Assembleia de Deus, se seus pais lhe ensinaram errado a igreja não tem culpa, Deus ira cobrar o que esses meus irmãos fizeram para com esses crentes, são pessoas sem nemhum conhecimento, ignorantes, eles erraram em ensinarseu filho com mal exemplo.

Se vós estão certos que Deus vós salvara para sua gloria os que estudam e preparam sua pregações para as igrejas(ja estive em uma outra igreja) digo isto porque vi com meus olhos, a igreja ele relatou não funciona da maneira que ele disse pois ja estive la tambem o que fizeram foi é falar de cura da carne e bençãos materiais somente e o s 10% de dizimo, sou testemunha que que ele mente eu seu depoimento, vocês dizem que não ha acepção de pessoas e por que o diacono da igreja que ele foi disse que os ultimo sbancos era reservados para os não crentes e sem liberdades? O banco serve para todos saibam que eles são tais, ou é´para o pastor possa pregar para eles?!!!

O outro depoimento do senhor que que era da Congregação diz ele deixou sua familia para viver um amor antigo, ele pecou sim poi em genesis diz o homen deve tomar uma(uma só e não varias) mulher para ser sua esposa e se tornar um só corpo e uma só carne, sendo que se você fizer diferente do que esta escrito você esta cometendo pecado de adulterio, A palavra de Deus diz que o filho do pecado é todo aquele que se arrepende, ele deveria aguentar as pedradas para alcançar misericordia de Deus Pai, porque suportar as pedras? Porque Cristo sofreu por amor de nos, porque não nós não podemos sofrer para merecer o reino de Deus?

Nao somos mesmo os donos da verdade...
Nao discrinamos as outras denominações evangelicas...

Mesmo que algumas pessoas da Congregação venha a cometer tais ato, a igreja não ensina deste modo.

Deus é criador de tudo e de todos no universo, eu aprendi que Deus faz obra com quem ele quer, como ele quer, e onde ele quer, e não como queremos; e não o que li no blog, nao nos cabe julgar niguem somente servi-lo de um puro e cincero coração, se algum de meus irmãos veio a ofender algum de vós venho através deste e-mail lhes pedir nós perdoem em Nome do Senhor Jesus salvador da nossas almas.


Peço que me respondam este e-mail niljota@hotmail.com só acho que antes de voces divulgar algo deveriam se informar sobre o que vocês dizem.

Posso lhes asseguar que a Congregação Cristã no Brasil como em estros países não prega contra outras igrejas, nos pregamos a doutrina de Cristo que por amor dele nos salvara se formos firmes e fiéis a Deus e não negarmos o seu nome".


Grato pela sua atenção. Junior

MINHA RESPOSTA ENVIADA AO IRMÃO JÚNIOR:


Irmão Junior, a Paz de Deus.

Quero lhe agradecer por me escrever e por ler o meu blog.
O irmão deve ter realmente uma consciência cristã bem acima da média dos irmãos da CCB e eu respeito isso em você.
Agora, dizer que isso que eu ponho no blog não é verdade... o irmão me perdoe, mas eu nasci e me criei na CCB e sei exatamente o que estou falando. Sou "graduado em CCB e pós-graduado em ser perseguido dentro dela".
Além do mais, entenda uma coisa meu caro irmão: meu blog é direcionado a pessoas que já não se sentem plenamente em paz na CCB, se não é o seu caso, simplesmente faça aquilo que é tão falado na CCB: "Fique em paz".

P.S. Irei publicar este seu e-mail em meu blog. Se quiser que eu não revele sua identidade e/ou se e-mail, por favor me comunique por este mesmo e-mail antes de 2ª feira.
Não irei publicar seus dados sem sua autorização, mas se você não me responder, entenderei isso como um "sim".
Que Deus abençoe ricamente o irmão

“Os filhos de Deus e os filhos do diabo manifestam-se assim: quem não pratica a justiça não é de Deus, nem quem não ama a seu irmão” (1 João 3:10)

(As citações bíblicas feitas aqui foram extraídas da “Bíblia Sagrada Almeida Século 21”)

Dada a grande repercussão que a matéria “Os ‘Pecadores-Heróis’ da Fé” causou junto aos nossos leitores, sinto-me na obrigação de esclarecer mais uma vez o meu ponto de vista em relação ao pecado e ao “ser um pecador”. PEÇO A TODOS QUE LEIAM ISTO ATENTAMENTE.

Já de início, vou citar 1 João 3:8a: “Quem vive habitualmente no pecado é do diabo, pois o diabo peca desde o princípio”; e o versículo 9: “Aquele que é nascido de Deus não peca habitualmente, pois a semente de Deus permanece nele, e ele não pode continuar no pecado, porque é nascido de Deus”.

O Apóstolo nos diz que “quem vive habitualmente no pecado”, ou seja, costumeiramente, pecando por pura leviandade, sem se arrepender, é do diabo. Isto está muito claro. Trazendo para os nossos dias, ele fala daquelas pessoas que, mesmo frequentando uma igreja e tendo sido batizadas, não são convertidas, vivendo de acordo com a mentalidade do mundo e, consequentemente, fazendo a vontade do adversário. Jesus nos disse que é necessário ao homem nascer de novo: “da água e do Espírito” (João 3:5). O batismo (que significa “imersão”) é, a princípio, a manifestação de uma conversão interior já principiada pelo Espírito Santo. Entretanto, o operar do Espírito Santo não tem livre curso na vida de alguém que não se coloca na presença de Deus, que não ora diariamente, que não o louva com sinceridade e não busca realmente servi-lo em novidade de vida. Então essas pessoas, na verdade não foram “nascidas de Deus” (convertidas), “porque, se fossem, não poderiam continuar no pecado”. Na CCB, como as pessoas não são preparadas biblicamente para o batismo, mas se batizam quando “sentem” e não quando “entendem” o que estão fazendo, é extremamente comum pessoas não-convertidas serem batizadas.

Este é o “xis” da questão, porque a doutrina DA CCB condena todos os que cometem pecados depois do batismo. João afirma que “quem diz que não comete pecado faz Deus de mentiroso” (1 João 1:10). Portanto, não é de se estranhar, ainda mais, que pessoas não-convertidas caiam em pecados, inclusive terríveis, como o adultério e a fornicação. Os grandes problemas são os seguintes: - a CCB considera estes dois pecados como sendo “de morte”(sem perdão), o que é anti-bíblico, pois Jesus nos ensinou que somente a blasfêmia contra o Espírito Santo o é (Mateus 12:31); para a CCB, o batismo perdoa pecados, o que também não encontra respaldo algum nas Sagradas Escrituras, que dizem que é o sangue de Jesus (e não as águas do batismo) que possui o poder de nos purificar de todo o pecado e de nos justificar diante de Deus (Rom 5:9; Heb. 9:14; 1 João 1:7). Assim sendo, quando os queridos irmãos em Cristo que são membros da CCB ouvem a palavra “pecado”, logo se lembram do adultério ou da fornicação e, pela mesma lógica, ao suposto fato de a pessoas que os cometeram já estarem condenadas por Deus, não restando mais qualquer sacrificio para elas, uma vez que teriam cometido pecados imperdoáveis diante de Deus.

Posso expôr o que eu disse até aqui da seguinte maneira:
• O fato de uma pessoa qualquer frequentar uma igreja e ser até mesmo batizada, não significa, necessariamente, que ela seja convertida a Jesus Cristo;

• as pessoas não deveriam ser batizadas sem entenderem exatamente o que estão fazendo, como que por emoção, sem estarem de fato conscientes do compromisso que estabelecem com Deus mas que, contudo, é APENAS SIMBOLIZADO PELO BATISMO;

• como, entretanto, na CCB as pessoas se batizam quando “sentem” e não quando entendem, elas estão muito mais propensas a cairem em pecados mais graves e até a abandonarem a fé;

• independentemente disso, todos nós estamos sujeitos a pecado, ou, como gostam de dizer os irmãos, “sujeitos a erro”. O que os irmãos não sabem é que a palavra “pecado” significa isto mesmo: “erro”. Portanto, quando eu digo que “peco”, estou dizendo simplesmente que estou sujeito a erro, tanto quanto os irmãos, e não que eu peco incessantemente, como que tendo prazer nisso, ou mesmo achando isso correto! Dessa forma, podemos dizer que todos nós somos pecadores, no sentido de que estamos sujeitos a erro, mas não no sentido de pecarmos habitualmente, de maneira deliberada, porque assim estaríamos fazendo a vontade do diabo;

• qualquer pecado, seja ele cometido por um convertido ou por um não-convertido, POSSUI PERDÃO, a não ser a blasfêmia contra o Espírito Santo, MESMO TENDO SIDO PRATICADO DEPOIS DO BATISMO!;

Para finalizar, quero fazer uma pequena reflexão baseada em 1 João 3:10: “Os filhos de Deus e os filhos do diabo manifestam-se assim: quem não pratica a justiça não é de Deus, nem quem não ama a seu irmão”.

A minha intenção com o texto “Os ‘Pecadores-Heróis’ da Fé” foi mostrar que muitos cristãos, apesar de terem cometido erros considerados “mortais” pela CCB, e serem excluídos da comunhão da igreja, não rejeitaram a Jesus, sendo que alguns, aliás, passaram pelo processo de conversão somente depois destes fatos, arrependendo-se, e experimentando a misericórdia divina que anteriormente não conseguiam compreender.

A pergunta que faço é: os irmãos da Congregação Cristã no Brasil estariam verdadeiramente “amando a seus irmãos” e, consequentemente, sendo “filhos de Deus”, ao negarem, sem base bíblica alguma, o perdão ao seu próximo que errou?

Respondam para si mesmos...

SIMILARIDADES ENTRE A CCB E AS SEITAS

Fazendo uma retrospectiva vejamos quais são os pontos em comum entre a CCB e as seitas:

1- As seitas se consideram a restauração da verdade. A CCB também.

2 - As seitas se consideram o único meio de salvação. A CCB também.

3 - As seitas consideram seus fundadores como profetas infalíveis de Deus. A CCB também.

4 - As seitas não permitem que seus fiéis leiam literatura de outras denominações religiosas. A CCB também.

5 - As seitas se consideram perseguidas pelos que desmascaram suas mentiras e heresias. A CCB também.

6 - As seitas não possuem regras de hermenêutica para interpretar a Bíblia Sagrada. A CCB também.

7- As seitas incentivam seus adeptos a não contestar seus ensinamentos. A CCB também

8 – As seitas pregam salvação por obras. A CCB também (ex.: Se for firme e fiel, guardar a doutrina da CCB, usar véu, não usar calça comprida, mulher não cortar cabelo, homem não usar barba, e todos os usos e costumes da CCB).

9 – As seitas consideram a Bíblia como um livro imperfeito e cheio de falhas. A CCB considera letra morta se não for revelada aos seus pregadores.

10 – As seitas fazem proselitismo (pescam em aquários dos outros). A CCB também.

11 – As seitas criam na mente dos seus adeptos um mundo de ilusão paralelo à realidade, por isso seus membros vivem alienados. A CCB também.

12 - As seitas gostam de manipular as emoções dos seus adeptos, incutindo medo e submissão cega às decisões da liderança. A CCB também.

13 – As seitas pseudocristãs rebatizam seus membros que vieram de outras igrejas. A CCB também.

14 - As seitas proféticas são iluministas, ou seja, são guiadas por seus sentimentos místicos. A CCB também.

15 – As seitas consideram-se o único objeto do amor de Deus. A CCB também.

16 – As seitas tratam como apóstatas todos aqueles que foram libertos do seu engano religioso. A CCB também.

Enfim, são tantas as coisas em comum entre a CCB e as seitas que se torna difícil tentar dizer que essa religião não é uma seita propriamente dita.
Mas ainda que muitos prefiram dizer que a CCB ainda não é uma seita o fato é que pelo menos age como uma.

“Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.” – (II Timóteo 4:3,4)

Postado originalmente por Ricardo Adam em: www.sitedareforma.blogspot.com

“Hora da Testemunhança”

Testemunho de hoje: “Nao somos os proprietários exclusivos da Graça de Deus”

A Paz de Deus para os irmaos!

Querida irmandade, no desejo de que Deus possa tocar os vossos corações através de minhas palavras, vos escrevo para contar esta pequena testemunhança daquilo que meus olhos viram.

Este humilde servo de Deus que vos escreve nasceu na graça e é crente da Congregação Cristã no Brasil desde o berço e servirei a Deus alì até o dia em que o Senhor me recolher, e graças a Deus por isso!

Tenho 23 anos e moro em S. Paulo capital. Quase todos em minha familia são crentes, inclusive meu pai é cooperador e meu tio é ancião. Tenho tambèm uma tia, não crente, que mora em Araraquara-SP a qual não visitávamos há mais de um ano. Foi então que um dia desses, meu pai me disse: -Como serà que està a tia Rosinha? Gostaria que voce pegasse o onibus e fosse fazer uma visita a ela! –Com muito prazer! Respondì a meu pai. A idéia me agradou pois minha tia trabalha para uma confeitaria e faz doces maravilhosos e quando vou pra lá ela prepara os doces melhores que sabe fazer; o ùnico problema é que a tia fuma de mais e o fedo de cigarro fica impregnado pela casa inteira e um outro problema éque no quarto dela tem um altarzinho com uma baita estatua da senhora aparecida que é a coisa mais feia deste mundo e pra completar, ela sofre de insonia e permanece a noite inteira com a TV ligada assistindo certos tipos de filme...

Pois é, no dia seguinte lá vou eu para o Terminal Rodoviário Tiete. Embarquei no onibus e depois de uma viagem cansativa lá estava eu chegando de surpresa em casa de Tia Rosinha sem avisar nada a ela.
< –Olá Tia, que saudades da senhora! –Mas que surpresa agradável, ha quanto tempo! Se eu soubesse que voce viria teria preparado uns doces especiais para te esperar! Entre, a casa é sua!>

Quando entrei percebi alguma coisa diferente naquela casa: Que estranho, nao senti aquele mau-cheiro de cigarro, nao vì cinzeiros cheios espalhados pra lá e pra cá e também nao vì a estátua da santa; no altarzinho tinha um belo vaso de flores que exalavam perfume em toda a casa. –Que extranho... Pensei comigo; alguma coisa aconteceu nesta casa! A tia também estava diferente: tinha uma alegria estampada em seu rosto. A essa altura nao aguentei a curiosidade e comecei a conversar com ela como quem nao quer nada só para ver se descobria alguma coisa e com um sorriso lhe disse: - Como a senhora está mudada, tia... voce parece uns dez anos mais jovem, vejo felicidade em seu rosto e até esta casa está diferente... O que aconteceu?! Nao vá me dizer que arranjou um noivo? Ela respondeu também sorrindo: - Voce acertou em cheio! De fato eu arranjei um noivo e ele é maravilhoso, desde que eu o conheci minha vida mudou completamente, eu até parei de fumar!

-Ha, ha...eu bem que tinha desconfiado! Me conte logo, quem é, quem é?
-Ele se chama Jesus Cristo!
- O que!? O que voce quer dizer com isso? Perguntei eu surpreso e de olhos arregalados.
- Ha uns seis meses atrás minha vizinha me falou deste Senhor maravilhoso, me convidou para participar de um culto em sua igreja e alì fui tocada por Deus e recebi Jesus como Salvador e Senhor de minha vida. Desde entao minha vida se transformou, sou uma nova pessoa!
Antes de alegrar-me por aquela bela notìcia, fui logo perguntando:
- Em que igreja voce foi? E ela respondeu:
- Fui em uma Assembleia de Deus; esta vizinha que me anunciou a Palavra de Deus é a mulher do pastor da igreja e eles me disseram que Jesus é o noivo da igreja e que este noivo tem ciumes; eis o motivo pelo qual joguei fora a estátua de idolatria. Me disseram também que este noivo é puro e nao permanece em uma casa que fede cigarro e esta palavra me deu forças para deixar o vício; e ainda por cima oraram por mim e fui completamente curada da insonia, agora durmo melhor que criança de berço!

Fiquei ainda mais surpreso com a resposta mas quando ela disse Assembéia de Deus e pastor, o sorriso desapareceu de meu rosto e estava já para responder secamente que estas igrejólas nao passam de seitas com fins lucrativos onde a obra é do homem que estuda para poder pregar e que Deus nao está lá pois só na Congregaçao o Senhor dá a Palavra revelada pelo Espírito Santo, pois ao menos foi isso que aprendi desde criança mas, quando eu estava para abrir a boca senti uma vóz potente que falou em meu coraçao: “Fecha a tua boca, esta Obra é minha!” Tremi na base e percebì que os olhos da tia brilhavam, neste caso nao me atreví a abrir a boca pois inexplicavelmente fiquei sem palavras. Pensei comigo: Assim que a oportunidade surgir explicarei algumas verdades pra tia, no momento deixarei as coisas assim como estao, na hora certa terei uma conversa com ela, basta que nao me convide a ir com ela pra igreja, era só o que faltava...seria o cúmulo! Dei uma desfarçada e quando estava pra mudar de assunto a tia me fala:
-Marquinho, voce está convidado para o culto desta noite, nao penso que voce sendo um crente prefira ficar aqui em casa assistindo a televisao ao invés de vir pra igreja e receber a Palavra, nao é verdade? Justamente aquilo que eu nao queria aconteceu, exatamente como uma armadilha muito bem preparada da qual a gente nao consegue se desvencilhar! E agora? Pensei comigo. Se digo que prefiro estar em casa faço o papél de crente desviado que prefere as coisas do mundo ao invès das coisas de Deus, se aceito ao convite, estarei somente perdendo tempo pois sei muito bem que a verdade nao està na Assemblèia de Deus e sim na CCB. Fiquei em uma situaçao dificil mas refletindo um pouco pensei: Para nao ser indelicado com a tia posso até acompanhá-la; sei que nao vou receber nada de espiritual pois é uma obra do homem, que estuda e depois se mete a ensinar carnalmente as coisas; neste caso aceitarei o convite; farei de conta que estou indo pra sala de aula de uma escola ou faculdade. Foi entao que, titubeando, aceitei o convite com a condiçao que fosse a primeira e última vez.

Como já vos disse, cresci em um lar crente e seja em casa seja na igreja sempre escutei desde menino que a CCB é a ùnica igreja verdadeira e também a única verdadeira graça de Deus revelada aos homens e que fora dela o Senhor nao salva e nao opera pois sao obras do homem, que abre a boca carnalmente e faz as pregaçoes carnalmente por ter aprendido em uma escola. Perto de minha casa em SP tem uma igreja evangélica e quando chega o Domingo de manha muitos crentes e até mesmo o pastor daquela igreja passam em frente a nossa casa para ir aos cultos e muitas vezes meu pai e meu tio ao ve-los passar diziam: - La vai o pastorzao mercenário acompanhando seu rebanho de seitários!
Meu pai tem vóz forte e muitas vezes aqueles crentes escutavam tudo mas nao se atreviam a responder às ofenças, ao contrário, abaixavam a cabeça como se estivessem orando em espírito.
Presenciando estas coisas desde pequeno acabei tendo a mesma mentalidade de meus parentes e dos demais irmaos da CCB.

Pois é, bate-papo vem bate-papo vai, se aproximava a hora de preparar-se pra ir pra igreja. Pra visitar uma obra que é do homem e escutar um seitário pregar como professor em sala de aula, calça jeans e camiseta está bom até de mais! Pensei comigo, é bobagem vestir terno e gravata. Levar Bíblia nem pensar!
Chegando à igreja procurei me acomodar em um lugarzinho meio escondido lá na última fileira de bancos perto da porta, mas um dos diáconos veio até mim e com muita delicadeza perguntou: - O irmao é crente? Sim. Respondì. O diácono disse: - Entao venha pra cá meu querido, um pouco mais pra frente, este último banco nós reservamos geralmente para os nao crentes ou para aqueles que estao com a liberdade cortada. Vejo que o irmao está sem Bíblia, espere um momentinho e terei todo o prazer em providenciar uma para o irmao... Dois minutos depois, voltou e me entregou uma Bìblia e um hinário e disse: - Aqui está! Se o irmao nao se ofende, esta Bìblia e este hinário sao um presente pro irmao! Aqui em nossa igreja temos sempre algumas Bíblias e hinários de reserva para presentear os crentes novos na fé!
Sinta-se a vontade irmao, e que Deus possa falar ao seu coraçao!
A gentileza daquele diácono me deixou de boca aberta e também um pouco envergonhado pois dei a impressao daqueles crentes relaxados que vao pra igreja sem Bìblia, sem terno e sem nada...

Em alguns minutos o culto iniciou e os crentes começaram a orar e ao contrário do que eu pensava nao era uma oraçao carnal e superficial mas sim aquela oraçao sentida que vinha do profundo da alma. Foram cantados dois belos hinos do hinário deles que se chama Harpa Crista e depois disso cantou também o Coral e vos confesso que nunca havia visto uma coisa tao linda!
Entao foram dadas as oportunidades para os testemunhos e fiquei surpreso: nunca pensei que esta gente considerada seitária pudesse receber tantas bençaos! “-Louvo ao Senhor pois eu era aidético, estava para morrer mas através da oraçao de um irmao fui completamente curado da AIDS e hoje sirvo a Deus!” testemunhou um deles. “-Dou graças ao meu Deus pois eu tinha o desejo de receber a promessa e ontem, enquanto dirijia meu carro voltando da igreja fui selado com o Espìrito Santo, aleluia!” testemunhou um outro, e a igreja começou a ser visitada com virtude e os crentes glorificavam a Deus com uma unçao que fiquei bobo de ver, mas minha satisfaçao durou pouco pois naquele momento o pastor começou a pregar. (-E’ agora que eu quero ver, pensei comigo... este homem deve ter estudado e ensaiado o dia inteirinho pra poder pregar e com certeza terá que ler em algum lugar e nao demora muito começará a pedir dinheiro pro povo...)

Entretanto, quando aquele homem abriu a boca a igreja inteira ficou em reverencia e iniciou ele: “-Eu sinto que Deus está neste lugar e falará com a igreja nesta noite; e convido os irmaos a abrirem suas Bíblias em Exodo capitulo 3...” e começou a pregar, a pregar e a pregar e o povo glorificava a Deus cada vez mais, alguns choravam, uns dois ou tres abaixavam a cabeça, outros manifestaram o Espirito Santo em lìnguas, começou a cair virtude do alto e percebi que alguma coisa estava acontecendo naquele lugar; foi entao que do púlpito o pastor disse: “-Voce que entrou aqui dizendo em seu coraçao que esta obra é do homem e nao de Deus, o Senhor te manda tirar as sandálhas dos teus pés pois o lugar que voce esta pisando é terra santa!” Foi aí que percebì que aquele homem nao estava falando dele mesmo pois as palavras que dizia nao vinham dele e muito menos de uma pregaçao já escrita e ensaiada em casa, pois na Palavra disse tudo aquilo que eu havia pensado e varias outras coisas que eu nao tinha contado a ninguem e que sò eu poderia saber; faltou só dizer meu nome completo e endereço! A esse ponto comecei a chorar sentindo a presença de Deus e nao tive dúvidas: Era Deus falando na boca daquele homem!
Afirmo sem sombra de dúvida que o Senhor se fez presente naquele lugar!

Em um certo momento foi cantado um hino e os diáconos passaram recolhendo as ofertas dos crentes, mas tudo muito discretamente, sem apelaçao e em nenhum momento o pastor se atreveu a dizer frases do tipo: “Voces tem que dar o dìzimo!” Fiquei verdadeiramente muito surpreso pois sempre escutei falar em nosso meio que nas outras igrejas evangélicas os pastores obrigam os crentes a dar o dìzimo na marra: constatei pessoalmente que isto nao é verdade!(ao menos nesta igreja que visitei)
O culto foi chegando ao fim e na oraçao final o Senhor derramou poder na igreja. Ví uma coisa maravilhosa que me tocou profundamente: quando dois irmaos se saudaram com um abraço caíu virtude, começaram a falar em lìnguas e um deles foi selado com a promessa do Espìrito Santo! “-Que coisa extranha! Pensei comigo: Sempre me disseram que o Espírito Santo visita somente a Congregaçao!?! E mais extranho ainda: na CCB sempre me disseram que as outras igrejas evangélicas sao como salas de aula de uma escola material, onde um homem estudou para poder falar alì na frente... Que extranho: nos anos em que frequentei a escola passei por muitas salas de aula mas nunca vì ninguem recebendo a promessa! Nunca vì os alunos recebendo virtude e falando em línguas como ví naquele culto! E nunca vì nenhum professor de escola entregando a Palavra por revelaçao de Deus como fez aquele pastor!!!

O culto acabou e ví os crentes saindo dalí alegres e com a alma restaurada e quando eu estava para sair do templo o pastor se aproximou, me saudou com um abraço e sorridente me disse: “- Paz do Senhor meu querido, nos de o prazer de sua visita mais vezes!” E isto ele disse sem nem mesmo saber quem eu era e nem de onde eu vinha! Que interessante: nao fazem diferença de ninguem! Foi neste momento que fiz um ultimo teste pra ver se realmente aquele homem era um verdadeiro servo de Deus: dei uma de bobo e joguei um verde pra colher maduro, perguntei a ele: “- A pregaçao foi uma bençao! Em qual escola o irmao estudou pra conseguir pregar assim? E quem era o seu professor?”
Com a simplicidade de um menino aquele pastor respondeu: “-A escola na qual estudei e estudo até hoje é o meu quarto e meu professor é o Espìrito Santo de Deus que ensina e revela todas as coisas, e assim que eu me ajoelho na berada de minha cama e começo a orar este Professor maravilhoso vem pra me ensinar!” Aquela resposta me fez sentir pequenininho como um grao de areia... eu poderia muito bem ter ido embora sem essa!

Aquele culto ficou marcado em minha vida e foi o Senhor quem permitiu que eu participasse dele pois naquela noite eu pude entender quatro coisas muito importantes:

1- A CCB nao é a proprietária exclusiva da graça de Deus!!! Repito: Nós da Congregaçao nao somos os proprietários exclusivos da graça de Deus!
2- Deus nao faz acepçao de pessoas!
3- Nao somos os donos da Verdade!
4- Nao temos o direito de julgar as igrejas evangélicas e os crentes que as frequentam e os pastores que as conduzem!

DEUS SEJA ETERNAMENTE LOUVADO!

http://blog.clickgratis.com.br/reformaccb/33319/MINIST%C9RIO+DA+REFORMA+-+BATALHANDO+PELA+F%C9.html?#c80012

Os "Pecadores-Heróis" da Fé


"O meu problema foi sério [...] voltei com a minha amada. Voltamos com tanto amor e paixão, que alguns meses depois ela ficou grávida[...]Decidimos assumir com muito respeito e responsabilidade, mesmo sem ter nada. [...]Perdi a Liberdade, lógico. Mas fui Homem de assumir e casei com ela [...]Eu continuei congregando firme e forte [...]Alguns irmãos até olhavam para mim com desprezo [...] Outros, muito carinhosos, me incentivavam [...]Eu achava que minha condição era passageira, que logo ‘Deus faria uma obra comigo’ e eu teria total liberdade no meio da Igreja novamente - era questão de tempo. Mal eu sabia que na Igreja dos Fariseus, quem pecou era condenado eternamente".

Estas tristes palavras fazem parte do testemunho de vida do irmão em Cristo, Marcos , referente ao tempo em que ele esteve preso à Congregação Cristã no Brasil.
Muitas pessoas não conseguem compreender o mal que uma seita pode fazer a um cristão sincero, e os traumas que ela, necessariamente causa, ao menos por algum tempo, naqueles que se libertam dela.
Às vezes, quase me sinto magoado com as palavras injustas que recebo, em troca de denunciar os aspectos destrutivos da doutrina da CCB, e me propor a ajudar aqueles que necessitam de apoio para se libertarem dela.
Somente aqueles que conheceram profundamente a doutrina, a cultura oral, o modus operandi, enfim, os mecanismos através dos quais a CCB funciona, estão autorizados a defendê-la ou a combatê-la.
Nasci e fui criado dentro da CCB. Nela passei toda a minha infância e a maior parte da minha adolescência. Fui músico da Congregação. Fui Auxiliar de Jovens. Tinha bom testemunho e bom relacionamento com parte do Ministério da minha região.
Desculpe, mas eu possuo exatamente a mesma autoridade para falar sobre ela, que qualquer um que também haja nascido de pais “congregacionistas”, estando ainda nela, ou não.
Afirmo categoricamente que pessoas tais como Ricardo Adam, Marcos, eu, e muitos outros, somos “pecadores-heróis” da fé. “Pecadores” porque cometemos erros; “heróis” porque, graças a Deus, sobrevivemos às tentativas de assassinato espiritual perpetradas pelos anciães da CCB contra nós.
As palavras do nosso nobre irmão Marcos são emblemáticas, denotam toda a sinceridade que ele possui e toda a ingênua inocência que ele possuía na época:

“Eu achava que minha condição era passageira, que logo ‘Deus faria uma obra comigo’ e eu teria total liberdade no meio da Igreja novamente - era questão de tempo. Mal eu sabia que na Igreja dos Fariseus, quem pecou era condenado eternamente".

Várias vezes eu me perguntei se estava realmente certo este trabalho que eu estou fazendo, se ele realmente seria bom para a Obra de Deus. E, cada vez que eu me lembro de casos como o deste irmão, eu recebo a resposta: “Sim, este trabalho é verdadeiramente necessário”.
Meus amados, pastor é aquele que apascenta as ovelhas, que passa remédio em suas pisaduras, que se dá ao trabalho de ir em busca daquela que se perdeu! Pastor não é quem fere as ovelhas, expulsa-as do aprisco e as coloca para morrerem sozinhas no deserto da vida!
Quantos “pecadores-heróis” da fé eu conheço! Quantas pessoas que “tinham tudo para dar errado”, para se perderem no mundo, mas não aceitaram o rótulo de “pecadores” e se tornaram cristãos ainda melhores do que eram! Quantos eu vi serem feridos pelos lobos devoradores por trás dos púlpitos da CCB, e sobreviverem aos mais cruéis e horrendos ataques, pela misericórdia de Deus! Você não conhece ninguém assim? Tem certeza?
Eu tenho um amigo de infância que ainda hoje é membro da CCB. Ele é músico e sua comum é a Central da cidade onde reside. Eu e ele crescemos juntos, brincamos nos corredores daquela congregação, brigamos as nossas briguinhas de criança, tivemos as mesmas sensações ouvindo os cultos, aprendendo música na igreja, sendo auxiliares de jovens, passando muitas noites acordados em sua casa, conversando, brincando, tocando, como qualquer adolescente faz. Nossa história, até a adolescência, é idêntica em várias aspectos.
Os irmãos mais antigos da região, que viram este rapaz nascer e crescer, que um dia o pegaram no colo, que um dia cantaram hinos ao som do seu instrumento, foram os mesmos que não perdoaram um único erro cometido por ele. Sentenciaram-no a permanecer pelo resto de sua vida “sem liberdade”, sendo humilhado e desprezado por todos a sua volta. No único momento em que precisou da misericórdia deles, não a alcançou. Não fosse uma revelação (que considero verdadeira) dada a um ancião da região, esta sentença estaria em vigor até o dia de hoje. Mesmo assim, ele cumpriu uma dura “pena” de 5 anos de amargura e isolamento, sem parar de congregar.

Eu te pergunto: este não é um herói da fé? Não é alguém cuja fé em Jesus foi (e é) muito maior do que a situação objetiva, completamente adversa, que enfrentou?

Outro “pecador-herói” da fé é o nosso irmão Marcos, que soube fazer de um erro muitos acertos: esposa e filho, uma família abençoada por Deus. Foi honesto desde o princípio, confessando sua falta, assumindo a paternidade e casando-se com a moça, mesmo sem ter condições materiais para isto. Serve realmente de exemplo para muitos “casais virgens” da Congregação, que têm filhos “prematuros de 4 kilos”, como diz o próprio autor em seu testemunho.
Eu afirmo com absoluta sinceridade que, se há uma razão que me faz ter certeza da legitimidade do Ministério de Libertação e Apologética Cristã, que com a ajuda de Deus vimos desenvolvendo, esta razão reside em não permitirmos que as ovelhas do Sumo Pastor, Jesus Cristo, morram sozinhas entre os pedregais, por falta de remédio (Palavra de Deus – Bíblia) e de ombros acolhedores (misericórdia).

A mim, Isaias Medeiros, que sou um pecador miserável, completamente carente da misericórdia divina, podem xingar, escarnecer, caluniar e difamar à vontade.
Tenho plena consciência dos meus pecados, mas também tenho a firme e inabalável certeza de que o meu Salvador é maior do que eles, e que Seu sangue é poderoso para me limpar de toda mácula.

Finalizo, transcrevendo parte de um dos melhores textos que já pude ler em minha vida, e que é de autoria do Pastor Daniel Rocha, da Igreja Metodista em Itaberaba:

“Estou farto dos semideuses, que não tem um pecado a confessar, um deslize a lamentar, que nunca arriscou nada na vida e sempre fez as escolhas certas. Confesso que tenho me sentido mais pecador que santo. Quando subo ao altar, o que vem à minha mente é a minha indignidade. Quando oro, não ouso pedir nada baseado em minhas virtudes ou trabalhos realizados. Preciso sempre esperar na misericórdia divina. Admiro quem diante da glória de Deus se sente bem. Eu me sinto como Isaías: ‘ai de mim, estou perdido’, pois vem à tona o meu ser pecador. Ser santo é reconhecer-se pecador. Quero repetir Martinho Lutero: ‘não tenho outro nome, senão o de pecador; pecador é o meu nome; pecador, meu sobrenome’”.

Leia-o na íntegra AQUI

Nós Não “Passamos a Mão na Cabeça do Pecador”

Os fiéis deixam a CCB basicamente em duas situações: quando caem em pecado de adultério/fornicação e não aceitam passar o resto da vida sendo injustamente humilhados e desprezados pelos demais membros, ou quando Deus lhes abre o entendimento e percebem as doutrinas anti-bíblicas ensinadas ali.
Já provamos biblicamente, várias vezes, que os pecados de adultério e fornicação não são imperdoáveis, e que somente a blasfêmia contra o Espírito Santo o é.
Entretanto, isto não significa que estamos “passando a mão na cabeça do pecador”!
Fique claro que o grande problema da CCB não é considerar estas práticas (adultério/fornicação) como graves pecados, pois elas realmente são! O grave erro que ela comete, e que tem destruido inúmeras vidas ao longo de quase 100 anos, é o fato de ela classificar estes pecados como imperdoáveis, e submeter os que os cometem a verdadeiros martírios, que normalmente só cessam quando as pessoa morrem.
Dizemos isto porque notamos que muitas pessoas, ao saírem da Congregação, passam a considerar normal todo tipo de conduta, inclusive as que a Bíblia condena. Partem do legalismo diretamente para o liberalismo. É necessário ter prudência: ninguém deve se sujeitar à ensinamentos de homens; todavia, há uma doutrina a ser seguida. Jesus disse que o seu fardo é leve e o seu jugo é suave; portanto, existe um fardo e um jugo a serem carregados!
Aconselhamos você, que saiu da CCB, a não se entregar a um liberalismo teológico, onde “tudo pode” e “nada faz mal”. Existem coisas que são realmente proibidas pela Palavra de Deus (Bíblia), e entre elas estão os pecados de adultério e fornicação. Se você caiu em algum destes pecados, Deus está pronto a lhe perdoar. Porém, Ele não pode perdoar algo que você mesmo não reconhece como pecado! E, neste caso, você se encontra em um problema bem maior.
Sobretudo, seja sincero com Deus. Se existe uma coisa que realmente comove o nosso Pai, ela se chama sinceridade. Se a sua humilhação for sincera, Ele o perdoará. Todavia, “não limpe a sua sujeira com a sujeira dos outros”. Sei que estas palavras são duras, mas muitas vezes elegemos mil e um culpados para as nossas mazelas, e esquecemos de nossa própria responsabilidade para com os nosso atos. Não tratemos Deus da maneira que não gostaríamos que os nossos filhos nos tratassem. Ele sempre sabe quando estamos mentindo...

Apologia ao Perdão Divino dos Pecados de Adultério e Fornicação - Sobre a Impropriedade dos “Cortes de Liberdade” da CCB

Pontos de doutrina e da Fé que Uma Vez Foi Dada aos Santos

9. Nós cremos na necessidade de nos abster das coisas sacrificadas aos ídolos, do sangue, da carne sufocada e da fornicação, conforme mostrou o Espírito Santo na Assembléia de Jerusalém (Atos 15:28-29; 16:4; 21:25).

A Palavra de Deus nos afirma que “as suas misericórdias não têm fim” e que elas “se renovam a cada manhã” (Lm 3.22-23). “Se Deus nos perdoasse o mesmo pecado uma só vez, estaríamos perdidos. Ele não mostra a sua graça ou estende a sua mão uma única vez. As Escrituras garantem que as suas misericórdias ‘renovam-se cada manhã’” (Revista Ultimato. Pastorais. Nº 311. 2008. Editora Ultimato. Viçosa - MG).
Uma prova disso é o que está escrito em Isaias 11.11: “Naquele dia o Senhor estenderá de novo a mão para resgatar o remanescente do seu povo”, referindo-se a Israel, que naquele momento se encontrava cativo, por sua desobediência ao Senhor.
Ora, se nós, que somos maus, devemos perdoar-nos uns aos outros 490 vezes por dia (70 x 7), quanto mais será capaz de nos perdoar Aquele único que é bom, mediante nosso arrependimento?
Porém, não obstante o que nos diz as Sagradas Escrituras, através dos seus profetas e do próprio Senhor Jesus, o Cristo, algumas igrejas insistem em limitar o poder e o amor de Deus, e a delimitá-lo a determinadas circunstâncias que julgam “razoáveis”. Exemplo disto é o que ocorre na Congregação Cristã no Brasil (CCB).
Ao longo dos seus quase cem anos de fundação, ela promoveu e difundiu uma interpretação bastante peculiar do conceito de pecado de morte. Em tese, crêem que a blasfêmia contra o Espírito Santo seja, também, pecado de morte, mas, na prática, para ela este pecado refere-se ao sexo fora do casamento, seja ele praticado por um casal de namorados (ainda que uma única vez) ou por um cônjuge infiel.
Ora, não existe, biblicamente falando, nenhum subsídio para se afirmar que adultério ou fornicação sejam “pecados de morte”, ou, mais corretamente falando, pecados para morte espiritual. Entendemos que pecado para morte é aquele que não pode ser perdoado e, segundo Jesus, “todo tipo de pecado e blasfêmia será perdoado aos homens, mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada” (Mateus 12.31). É verdade também que Apocalipse 22.15 nos diz que os adúlteros não entrarão no céu. Porém, na continuação, o mesmo se afirma em relação aos mentirosos, mas nem por isso se prega que a mentira é “pecado de morte”.
O entendimento que o Espírito Santo nos tem dado acerca desta matéria, é que as pessoas que cometem tais pecados devem ser exortadas com amor, à luz da Palavra de Deus (Bíblia) e sem ameaças de qualquer ordem, a não mais os praticarem. Lembremo-nos sempre do que Jesus disse aos escribas e aos fariseus, quando estes lhe apresentaram uma mulher pega no próprio ato de adultério: “Quem dentre vós estiver sem pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra” (João 8:7).
A lição deste episódio, que escapa a muitos, é a seguinte: “não condene o seu irmão que concretizou um determinado pecado, porque você está tão sujeito a cometê-lo quanto ele”. Na prática, as consequências de um pecado consumado e de um pecado apenas desejado, podem realmente ser muito diferentes. Porém, para Deus, do qual ninguém pode dissimular nada, as pedradas desferidas por aqueles que hipócritamente condenam o seu irmão, mesmo sendo tão impuros quanto ele, caracterizam-se em delito espiritual tão abominável quanto o próprio erro daquele que está sendo apedrejado.
João também escreveu dizendo: “Se dissermos que não temos pecado algum, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. Se dissermos que não temos cometido pecado, nós o tornamos mentiroso, e sua palavra não está em nós” (1 João 1:8-10). João disse ainda que se pecarmos temos um Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o justo, que é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos pecados de todo mundo (1 João 2:1-2).
O apóstolo Tiago nos ensina que “se algum de vós se desviar da verdade e alguém o reconduzir a ela, sabei que aquele que fizer um pecador retornar do erro do seu caminho salvará da morte uma vida e cobrirá uma multidão de pecados” (Tiago 5:19-20).
Um dos maiores exemplos bíblicos do perdão divino acha-se em Davi. O rei Davi, de cuja linhagem humana descendeu Jesus, cometeu pecados graves, mas Deus o perdoou, mediante a confissão do seu pecado e do seu arrependimento. Ele escreveu: “Bem-aventurado aquele cuja transgressão é perdoada e cujo pecado é coberto” (Salmo 32:1). E: “Confessei-te o meu pecado e não encobri minha culpa. Eu disse: confessarei as minhas transgressões ao Senhor; e tu perdoaste a culpa do meu pecado. Assim, todo homem piedoso te fará súplicas em tempo de poder te encontrar” (Salmo 32:5-6).
Porém, estejamos atentos às advertências contidas em Romanos 6:12-13: “Portanto não reine o pecado em vosso corpo mortal, a fim de obedecerdes aos seus desejos. Tampouco apresenteis os membros do vosso corpo ao pecado como instrumentos do mal; mas apresentai-vos a Deus como vivificados dentre os mortos, e os membros do vosso corpo a Deus como instrumentos de justiça”; em Hebreus 10:26-27: “Se continuarmos intencionalmente no pecado, depois de receber o pleno conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados, mas uma terrível expectativa de juízo e um fogo ardente que destruirá os adversários”; e no capítulo 12 e versículos 16 e 17 do mesmo livro: “Ninguém seja imoral ou profano, como Esaú, que por uma simples refeição vendeu o seu direito de primogenitura (...) e não achou lugar de arrependimento, ainda que o buscasse com lágrimas”.
Outrossim, não encontramos base bíblica neotestamentária para a exclusão, e nem sequer para o afastamento temporário de membros do seio da igreja. A salvação é individual, e aqueles que tomam as atitudes descritas nas três últimas citações bíblicas acima, receberão sobre si os castigos descritos nas Sagradas Escrituras, sem a necessidade de qualquer ato restritivo da liberdade litúrgica (“perda da liberdade”) por parte do Ministério da igreja. Está escrito: “a obra de cada um se manifestará; pois aquele dia a demonstrará, porque será revelada pelo fogo, e o fogo testará a obra de cada um” (1 Cor. 3:13); e também: “(...) as boas obras aparecem com antecedência, e as obras más não podem permanecer ocultas” (1 Timóteo 5:25).
Temos plena ciência do texto de 1 Coríntios, capítulo 5, e da punição que Paulo sugere que se faça. Entretanto, salientamos que ali ele se referia a práticas específicas daquela igreja, e que extrapolavam até mesmo os limites morais das pessoas mundanas, sendo, portanto, completamente intoleráveis aos cristãos. Corresponderiam hoje, em gravidade, a atos tais como estupro e práticas incestuosas que, além de pecados, são crimes, puníveis não somente pela lei de Deus, mas também dos homens. É por essa razão que o apóstolo já inicia o capítulo dizendo: “De fato, ouve-se que há imoralidade entre vós, e imoralidade do tipo que nem mesmo entre os gentios se vê, a ponto de alguém manter relações sexuais com a mulher de seu pai” (1 Cor. 5:1).
Apesar disso, cremos que nenhum ser humano possui legitimidade para condenar o servo alheio, pois é para seu próprio senhor que ele está em pé ou cai; mas estará firme, pois o Senhor é poderoso para o firmar (Rom. 14:4).
Para finalizar, queremos ressaltar que nós não fazemos apologia ao pecado , e sim ao perdão de Deus na vida do pecador. Repudiamos veementemente qualquer doutrina que induza as pessoas à libertinagem e ao desrespeito sistemático à Palavra de Deus.

David Miranda e a Doença do Exclusivismo

Ontem (7 de junho de 2009), a Igreja Pentecostal Deus é Amor comemorou o seu
aniversário de 47 anos. Segundo a sua famosa “Diretoria Administrativa”, fiéis de todo o Brasil e também do exterior, fizeram caravanas para estarem presentes na celebração, que ocorreu no “Templo da Glória de Deus”, no centro da capital paulista.
Primeiramente, parabenizamos a denominação, nas pessoas do seu líder-fundador,
Missionário David Miranda, de seu corpo ministerial e administrativo e, é claro de seus membros, e desejamos a todos eles crescimento, tanto material, quanto espiritual, provenientes das bênçãos e da orientação do Espírito Santo de Deus sobre eles.
Estive em casa neste dia, bem distante do local de comemoração, mas acompanhei as
festividades através do programa de rádio “A Voz da libertação”, que comemorava os mesmos 47 anos da igreja. Num dado momento, após uma apresentação musical, David Miranda, seguido do peculiar tradutor simultâneo para espanhol que o acompanha, fez uma oração pela igreja.
Não haveria nada de mais nesta oração, ela poderia simplesmente “fechar com chave
de ouro” toda a cerimônia que se realizara ali, não fosse uma preocupante frase dita pelo Missionário. Já no final da oração, David Miranda disse mais ou menos o seguinte: ”Ouvinte, a igreja evangélica que tem perto da sua casa, se não é a Deus é Amor, não tem a doutrina perfeita de Jesus Cristo, porque a doutrina perfeita de Jesus, você só vai encontrar nas igrejas Deus é amor”.
Não obstante todas as verdadeiras excentricidades ensinadas por esta igreja, tais como proibição de uso de roupas jeans e botas para as mulheres, ela desfruta de uma relativa respeitabilidade no meio evangélico, quase não sofrendo críticas no que se refere às suas doutrinas.
Todavia, é triste constatar que, apesar de suas qualidades, a Igreja Pentecostal Deus é Amor, ao praticar uma verdadeira distorção do Cristianismo, que é o exclusivismo, imita seitas como As Testemunhas de Jeová, o Mormonismo e outras.
Não é preciso ser um teólogo para deduzir que, quando o Missionário afirma que “a
doutrina perfeita de Jesus você só vai encontrar nas igrejas Deus é amor”, está praticando o odioso e anti-bíblico exclusivismo. Consequentemente, ele arroga para sua própria igreja o monopólio da salvação. É extremamente lamentável que uma denominação evangélica tida com séria, marque o seu aniversário de quase 50 anos, com a defesa de algo que é tão característico de seitas, como as mencionadas acima.
Temos na pessoa do fundador da nossa religião, Jesus Cristo, o exemplo de como deve
ser a nossa postura em relação àqueles que crêem no seu nome mas não fazem parte do nosso próprio grupo religioso. Esta lição está expressa no Evangelho segundo Marcos, capítulo 9, versículos 38 ao 40. Leia e refilta:
Disse-lhe João: Mestre, vimos um homem que expulsava demônios em teu nome; e nós o proibimos, pois ele não nos seguia.Jesus, porém, respondeu: Não o proibais. Ninguém há que realize um milagre em meu nome e possa logo depois falar mal de mim, pois quem não é contra nós, é por nós”.
Vemos nesta passagem, que o excesso de zelo dos discípulos quis levá-los ao
exclusivismo: só poderiam usufruir do poder de Deus (no caso, expulsar demônios), aqueles que seguissem formalmente a Jesus, juntamente com eles. Provavelmente, João julgou que agindo assim, estaria agradando ao Mestre, sendo ainda mais fiél a Ele.
Mas, a reação de Jesus provavelmente o desampontou: “Não o proibais”. Ele estava mais interessado em pessoas que o seguissem em espírito, do que fisicamente, em carne. Em seguidores que entendessem os fundamentos da sua mensagem e os colocassem em prática, do que em meros expectadores das suas pregações. E, para seguir a Jesus em espírito e em verdade, tanto faz o grupo religioso ou igreja da qual você faz parte.
A mesma lição serve para os líderes religiosos dos nossos dias. Com excessão das
seitas, o Jesus pregado nesta ou naquela denominação é exatamente o mesmo: o Filho de
Deus que veio como homem, deu a sua vida por resgate da nossa e é o único meio de o ser humano conhecer a Deus. Diferenças não-essenciais para a salvação, tais como formas litúrgicas, usos e costumes e outras, não podem servir de argumentação para se impedir que alguém sirva a Deus em uma outra igreja que não seja a nossa pois, segundo o Mestre, “quem não é contra nós, é por nós”. Todos aqueles que aceitam a Jesus Cristo como seu único e suficiente salvador, e a Bíblia Sagrada como sendo a infalível Palavra de Deus, são “por nós”, ou seja, a favor do reino de Deus e da Sua Justiça.
Entretanto, seria ingênuo, ou mesmo intelectualmente desonesto da nossa parte, se
ignorássemos aqui a hipótese de esse exclusivismo da Deus é Amor não ter uma raiz realmente doutrinária, mas sim de cunho prático, servindo como instrumento de manipulação dos fiéis e futuros membros, para que os mesmos dêem os seus dízimos e “façam seus votos” (como é comum ali) para a própria igreja e não para qualquer outra.
Tanto pior, pois nesse caso (que é apenas uma hipótese), estaria caracterizada uma
distorção bíblica por motivo de torpe ganância. E, na nossa opinião, existem poucos pecados tão abomináveis quanto ludibriar as pessoas em nome de Jesus. Ainda mais, se for por interesse financeiro.
Seja por ignorância bíblica, seja por motivações desonestas, o exclusivismo,
justamente por geralmente vir sob o disfarce de “zelo” e de “busca de santidade”, é um mal que seduz a muitos cristãos, e que pode corromper a denominações evangélicas inteiras, como, aparentemente, está ocorrendo com a Igreja Pentecostal Deus é Amor.
Terminamos este artigo com a frase do teólogo luterano Peter Meiderlin: “No
essencial, unidade, nas diferenças, liberdade e, em ambas as coisas, o amor”.