A Visão de um ancião sobre a Congregação Cristã no Brasil

Texto Extraído do livro “Por Trás do Véu – Revelando os Bastidores da Congregação Cristã no Brasil” – Autor Marcelo Ferreira – 2ªEd. Ampliada.

“.....

No início dos anos 90, ou mais precisamente 24/06/1991, houve um encontro, após um culto na Congregação Cristã, entre um padre católico e um ancião. Esse diálogo aberto e com gravação foi um acontecimento inédito na história da CCB, porque ela não costuma participar de debates, encontros e discussões, mesmo que seja para o próprio bem da denominação. Afinal, segundo acredita, se Deus tiver de manifestar a sua vontade, a vontade divina será revelada aos seus servos.

Neste capítulo, estamos publicando a referida entrevista, que ocorreu na casa do próprio ancião. Por questões particulares, preservaremos o nome dos dois ministros.
Antes, porém, é bom saber que quando a CCB diz “seus servos”, está-se referindo aos mais antigos no ministério de ancião. E, para a CCB, os antigos anciães são os únicos membros capazes de receber a revelação direta de Deus em suas reuniões.
A liderança de muitos grupos não-ortodoxos ou pseudocristãos pensa da mesma forma.
Todavia, devemos nos lembrar das palavras do apóstolo Pedro, inspirado pelo Espírito Santo, em 2 Pedro 1.20,21, que dizem:
“Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação”.
“Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo”.
A referida entrevista foi gravada em fita cassete e divulgada em todas as regiões do Brasil, e também no exterior. Para muitos membros da CCB, foi uma brilhante exposição do servo em questão. Mas, ao ser analisada biblicamente, percebe-se claramente que as respostas são baseadas na “interpretação CCB” das Escrituras. Mantivemos o conteúdo original das perguntas e respostas, apenas nos reservando aos comentários.


Vamos à entrevista:

“Padre: Nós viemos da igreja Congregação Cristã no Brasil e vamos então, nuns poucos minutos aqui, conhecer um pouco das suas idéias, das suas confissões, que tem alguns pontos, e para nós também, sem dúvida nenhuma serve, como de fé”.
“Padre: Qual é a confissão que se tem de Deus? É realmente o Deus Uni e Trino a qual a gente vê pelas Igrejas Cristãs, é isto? ”
“Ancião: Realmente, Deus é único, Criador de todas as coisas. É regedor do Universo, Criador dos mundos. E nós cremos nele através das Escrituras Sagradas. Cremos em Deus, cremos em Jesus Cristo, seu Filho, e no Espírito Santo que os representa, guiando a Igreja nos dias atuais”.
(Comentário: afirmação correta)

“Padre: O senhor pode falar para nós bem rapidamente, essa história da Igreja? O senhor, agora há pouco, falava que a Igreja é realmente a origem da Igreja Católica. É isso?”
“Ancião: Nós podemos afirmar que a doutrina, a sã doutrina, cujo fundamento é Jesus Cristo, através da doutrina apostólica, hoje executada dentro da Congregação Cristã no Brasil, porque ela está no Brasil, é aquela originária da Escritura Sagrada, vivida nos primeiros dias da Igreja, antes das inovações nela implantadas. Tais como: batismo de criança; rosário; vela; indulgência; água benta; missa pros mortos; cobrança de indulgências, que dava o direito a determinado...; purgatório, limbo, que são dogmas completamente antibíblicos.Então, até que estas coisas fossem introduzidas, rosário, assunção de Maria, todas estas coisas, antes que existissem, então a Congregação Cristã no Brasil se assemelharia exatamente à doutrina hoje dita romana, mas naquela época, então, Igreja Cristã, como é a Congregação Cristã”.
(Comentário: a afirmação de que a Congregação Cristã era semelhante à Igreja cristã primitiva mostra total desconhecimento da história da Igreja primitiva. Entre as diversas diferenças, apontaremos aqui as duas mais importantes: 1) a Igreja primitiva cumpria o “Ide” de Jesus integralmente e 2) mantinha comunhão com os demais grupos cristãos, independente de diferenças
secundárias.)

“Padre: E essa igreja nasceu no Pentecostes também?”
“Ancião: Não. A igreja nasceu em Jesus Cristo, a igreja nasceu em Jesus Cristo. O derramamento do Espírito Santo foi no dia de Pentecostes. Pentecostes era uma festa judaica comemorada cinqüenta dias depois da Páscoa. Cristo permaneceu quarenta dias vivo entre os seus santos e, subindo aos céus, na ascensão aos céus, então Ele, no dia de Pentecostes, que prova que foi, levou dez dias após a Sua subida aos céus, Ele derramou sobre a Igreja o Espírito Santo. Para que tivesse a liberdade de iniciar a missão que se propagaria pelo mundo, levando o evangelho que é chamado de boas-novas de alegria, acompanhado com a doutrina apostólica, que são as doutrinas contidas nas cartas apostólicas, nos Atos dos apóstolos. Que registram os acontecimentos da Igreja primitiva e que hoje, pela Graça de Deus, na Congregação Cristã no Brasil, conferimos, é exatamente igual. Por isso dizemos que a Congregação Cristã no Brasil é a Igreja na sua origem”.
(Comentário: Para a Congregação Cristã afirmar que é a Igreja na sua origem teria de cumprir alguns pontos: a vida em comunidade, uma observação total dos princípios bíblicos sem novas revelações, a evangelização de todos os povos sem proselitismo e utilizando todos os meios possíveis de comunicação, como foram as cartas apostólicas em seu tempo.)

“Padre: A Igreja tem assim, um resumo de doutrina, além é lógico, de Jesus Cristo que segue?”
“Ancião: Nós temos artigos de fé, nós temos doze artigos de fé. Que são pontos básicos de doutrina. Entre eles, já podemos já dizer que cremos em Deus, e seu Filho, Jesus Cristo, e no Espírito Santo. Portanto, é a Trindade, os três num. Nós cremos na Bíblia como infalível Palavra de Deus, nós cremos no batismo das águas por imersão, como Jesus Cristo recebeu o batismo pelas mãos do profeta João Batista. Nós cremos na promessa do Espírito Santo, que o crente recebe como um dom de Deus. E nós cremos na necessidade de nos abster do sangue, da carne sufocada, da idolatria, porque nós não fabricamos imagens de escultura, não adoramos as mesmas e estes santos que neles nós cremos, porem não os adoramos, cremos porque a Bíblia Sagrada foi escrita pelos homens santos de Deus. Cremos neles, porém a eles não devemos nada, a não ser de que eles foram instrumentos de Deus para que chegasse a nós o conhecimento das Sagradas Escrituras. Porém não os adoramos mas cremos em todos eles. E então, nós não prestamos cultos idólatras, não adoramos imagens de escultura, e nos abstemos da fornicação, da prostituição, ou seja, o homem tem sua esposa e a esposa tenha o seu marido, são pontos fundamentais das Escrituras Sagradas. Nós cremos no milênio, nos cremos na volta do Senhor Jesus Cristo para levar a Sua Igreja e nós cremos na existência de um novo céu e duma nova terra. Que estes que nós contemplamos passarão e haverá novo céu e nova terra para aqueles estiverem dentro da sã doutrina, deixada por Cristo sobre a terra”.
(Comentário: quando o ancião afirma que os membros da CCB crêem em todos os santos, está dizendo que crêem na existência deles em algum período da história da humanidade. Mas é preciso ter muito cuidado ao utilizar a palavra “todos”, pois a galeria de santos do catolicismo também contém personagens que não podemos chamar de “santos” nos moldes dos padrões do cristianismo.)

“Padre: Então essa seria a doutrina. Muito bem! Dentro dessa doutrina, uma coisa que vocês dão bastante enfoque é a Bíblia. A Bíblia representa algo bastante sagrado realmente na Igreja, não é?”
“Ancião: A Bíblia Sagrada é tudo. Tanto é que nós temos o nosso hinário que é a Bíblia cantada. Nós não temos outro livro dentro da Igreja a não ser a Bíblia Sagrada, única. E adotamos dentro da Congregação uma única versão, que é a versão João Ferreira de Almeida, padre João Ferreira de Almeida. Justamente para que toda a irmandade possa acompanhar a leitura. Se fosse outra versão, seria outra versão, mas como esta é de fácil assimilação para o povo, então se adotou a versão João Ferreira de Almeida. E a irmandade, ela adquire pelo preço de custo de norte a sul, de leste a oeste do Brasil. Exatamente sem um centavo de lucro é distribuída para a nossa irmandade, que a adquire e por ela então acompanha a leitura e exposição da Palavra, nos cultos que se prestam a Deus”.
(Comentário: a colocação é positiva e verdadeira.)

“Padre: E toda a irmandade conhece a Bíblia?”
“Ancião: Nós não mantemos estudo bíblico, nós cremos que o Espírito Santo guia o crente, ouvindo a Palavra na Congregação. A irmandade acompanhando...; eles guardam no coração e na hora da necessidade o próprio Espírito Santo trará à mente, a luz na hora da encruzilhada da vida para que o crente tome o caminho que agrada a Deus, e não pegue na encruzilhada, o caminho errado, mas aquele que o Espírito Santo guia, para que ele possa não se afastar de Deus”.
(Comentário: a Congregação Cristã deixa de praticar uma das características mais importantes das igrejas cristãs: o estudo da Palavra de Deus. Vejamos o que diz João 5.39: “Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam”. Examinar é ler, meditar, interpretar e estudar também, tudo sob a direção do Espírito Santo. Infelizmente, são poucos os membros da CCB que conhecem a Bíblia.)

“Padre: Na Igreja Congregação Cristã no Brasil existem sacramentos?”
“Ancião: Se formos chamar de sacramento, existe o batismo, que após os 12 anos...; porque Cristo nunca mandou batizar criança. Ele disse: “pregai o evangelho a toda criatura”, e nós não vamos a maternidade pregar para criança e nem batizamos crianças. Ele disse: “pregai o evangelho a toda criatura, quem crer...”; e para crer precisa ser adulto, porque criança não tem noção das coisas. Então realizamos o batismo para adultos. Então seria um sacramento”.
(Comentário: o batismo é uma ordenança e não um sacramento. O batismo é a confissão pública da transformação do indivíduo após receber Jesus como seu único e suficiente Salvador. A palavra “sacramento” pode ser entendida como um sinal exterior, uma substância. No caso do batismo, visto como sacramento, é a água que concede a graça de Deus à alma. Em nenhum lugar da Bíblia encontramos o ensino de que rituais externos ou substâncias conferem graça e salvação ao pecador.)

“Padre: E qual é o sentido do sacramento, do batismo?”
“Ancião: O batismo é para o perdão dos pecados. O batismo sempre foi para o arrependimento e remissão dos pecados. Não é as águas que perdoam os pecados. Nas águas a pessoa confessa a sua crença no Deus vivo e na doutrina de Cristo. Nasce da água e do Espírito através da Palavra e sela a sua fé sendo batizado nas águas. E o segundo sacramento, que então podemos denominar, seria a Santa Ceia, que é celebrada com o pão e com o vinho, como na sua origem. Nós não usamos um outro ingrediente qualquer. Toda a irmandade participa realmente da Santa Ceia com o pão e com o vinho, como Cristo disse: ‘Tomai e comei, este é meu corpo, tomai e bebei, este é meu sangue”.
(Comentário: como respondemos anteriormente, o batismo é a confissão pública da transformação do indivíduo após receber Jesus como seu único e suficiente Salvador. Temos, sim, de obedecer à ordenança do batismo, porém, não podemos ligá-lo ao perdão de pecados, porque o perdão só pode ser efetuado pelo sangue de Jesus Cristo — conforme 1João 1.7 — não pelo Batismo.)

“Padre: E a salvação, a salvação só existe dentro da Igreja Congregação Cristã no Brasil, ou também nas outras igrejas cristãs, é lógico, existe a salvação?”
“Ancião: A Salvação está em Jesus Cristo. A Congregação Cristã no Brasil não é concessionária, como a Volkswagen que só vende volks. A Congregação Cristã no Brasil é uma igreja evangélica, não é só ela que salva, quem salva não é ela. A Igreja Cristã não salva, porque o crente dentro da Congregação se não observar a Palavra de Deus não alcançará a vida eterna. Agora há na atualidade dentro da Congregação Cristã no Brasil, a sã doutrina, que não está nas seitas, porque as seitas e religiões vivem às custas de dinheiro, e de montar interesses próprios e divisões e adquirir rádios, adquirir televisão, cultos em praças públicas, movimentando e enganando, explorando a ignorância do povo, que lamentavelmente não conhece a Escritura Sagrada. Na Congregação Cristão no Brasil, pela Graça de Deus, não se cobra um centavo de ninguém. Contribuição se lá existe é voluntária, porque Cristo disse: “Dai de graça o que de graça recebestes”.
(Comentário: Vemos, aqui, uma generalização de que todas as comunidades e igrejas são seitas e religiões. Nenhum grupo, além da CCB, é visto por ele como verdadeiro. Não poupando críticas às práticas das igrejas em seus métodos de divulgação do evangelho e subsistência, vemos aqui um exemplo de seu exclusivismo.)

“Padre: O senhor também já foi católico. Hoje, como que o senhor vê a Igreja Romana?”
“Ancião: A igreja romana...; a gente vê ela ligada a Roma. A um homem, falível com o nome de infalível. Nós não vemos na figura do homem de Roma a figura de Pedro, o pescador da Galiléia, que não quis ser adorado por Cornélio. Cornélio centurião, quando prostrou-se aos pés de Pedro, Pedro disse: ‘levanta-te Cornélio, eu também sou homem como tu, adora a Deus’. Portanto nós adoramos a Deus e não nos vinculamos a homem, idolatrando-o como também as imagens, não as idolatramos. Vemos ela completamente deturpada das suas origens, é uma resposta anterior que demos. A igreja católica perdeu o rumo, mais ou menos no terceiro século da sua existência. Quando no império romano... houve interesses políticos, adentraram à Igreja em troca de favores, e a partir daqueles favores prestados, misturou-se doutrina com Estado e com política, e dali pra frente ela destrilhou-se e deixou de ser a sã doutrina, que Cristo havia deixado sobre a Terra. E previsto profeticamente pelo apóstolo Paulo que dizia: ‘depois da minha partida entrarão no meio de vós lobos devoradores...’, e disse também Timóteo: ‘eles voltarão às fábulas, voltarão às mentiras, levantarão para si doutores segundo as suas próprias concupiscências e se desviarão os ouvidos da verdade e voltarão às fábulas’. Foi exatamente isso que aconteceu, lamentavelmente com a Igreja romana aonde eu estive até a idade em que, conhecendo a Bíblia Sagrada, indicada pelo próprio catecismo, e na decepção tão grande que eu levei, ao comparar o catecismo com o teor da Escritura Sagrada, então eu preferi ficar com a Escritura Sagrada”.
(Comentário: uma explanação coerente sobre o gradativo afastamento da Igreja Católica da Palavra de Deus, o que serve também como uma reflexão para a atual situação da CCB. É um exemplo para não cometermos os mesmos erros.)

“Padre: Senhor Ancião, hoje aqui no Brasil há uma preocupação bastante séria com as seitas, infelizmente. E muitas dessas seitas ainda usam o nome de Cristo para pregar. O senhor já comentou ali atrás, que usam inclusive para montar mais templos, o dinheiro, exatamente o materialismo existe aí. Como que o senhor vê o crescimento tão grande das seitas, o porque será disso aí ?”
“Ancião: É o interesse! É o interesse monetário, divisão de ideologias. Mas nós devemos lembrar do que Cristo disse: ‘nem todo aquele que diz Senhor, Senhor entrará no reino dos céus’. ‘Pelos seus frutos os conhecereis, parecem ovelhas, mas são lobos devoradores’. O interesse realmente da salvação é uma coisa secundária, em primeiro lugar está a formação do patrimônio dos titulares de tais denominações”.
(Comentário: uma exposição importante, mas vale ressaltar que não podemos generalizar todos os grupos.)

“Padre: E hoje, é possível ainda o ecumenismo, principalmente das Igrejas Cristãs?”
“Ancião: O ecumenismo...; nós já fomos convidados como anciães, para nos juntar. Inclusive, através de um reverendo da igreja Luterana. Que nos procurava para que fizéssemos união a eles, como mediador de um sacerdote. Aí fomos conferir os pontos de doutrina para ver se havia possibilidade, mas esbarramos de cara no batismo. Porque a Igreja batiza criança, a romana, dizendo que o batismo está no lugar da circuncisão. E nós não poderemos de modo algum concordar com isso. Porque na circuncisão, Deus mandava o homem ser circuncidado ao oitavo dia. Mas o batismo Cristo foi bem categórico em dizer: “aquele que crer e for batizado...”.
“Nada tem a ver circuncisão com batismo. Quer dizer, esbarrando e dando de encontro neste primeiro ponto, lamentavelmente hoje, não existe condição da Congregação Cristã no Brasil unir-se com qualquer denominação. Ela é, e será livre e independente de política e de qualquer outro ou qualquer tipo de religião ou de seita. Ela é o caminho de Deus, ela é a sã doutrina, que conduz a aquele que crer em Jesus Cristo a vida eterna. Glória a Deus!”
(Comentário: quanto ao ecumenismo, acredito realmente ser contrário à doutrina cristã genuína, pois envolve abrir mão de princípios fundamentais da fé cristã. Dizer que não é possível a CCB se unir com qualquer outra denominação é uma expressão do exclusivismo e do legalismo desta denominação. Agora, afirmar que a CCB é o caminho de Deus, a sã doutrina que conduz todo aquele que crê em Jesus Cristo à vida eterna é simplesmente uma afirmação antibíblica, pois o próprio Jesus afirmou no evangelho de João 14.6: “Disse-lhes Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim”. O mais difícil é ver isto ser defendido por um ministro da CCB, um ancião! Nem a CCB nem outra denominação séria são o caminho, antes, são apenas instrumentos usados por Deus para a propagação do evangelho de Jesus Cristo à toda a humanidade. São partes do Corpo de Cristo.)

“Padre: Que bom! Que isto seja realmente uma Obra do Espírito Santo”.
“Padre: E como o senhor vê o celibato dentro da Igreja católica?”
“Ancião: O celibato é antibíblico; capítulo 3 de 1Timóteo diz assim: “Quem deseja o episcopado excelente obra deseja”.
“Convém que o bispo seja irrepreensível, não dado ao vinho, não espancador, de torpe ganância, mas ele deve ser casado. Ter seus filhos em sujeição, viver na modéstia, dominar bem a sua casa. Porque se ele não souber cuidar da sua casa, da sua própria família, como poderá ter cuidado da Igreja de Deus?”. Como que poderá uma pessoa que não constitui família aconselhar filho dos outros? Quando ele nem conhece a experiência de família!? Então isso aqui é antibíblico, este dogma de celibatário é uma coisa que... é contra a própria natureza. Porque Deus deixou o homem para unir-se a uma mulher, e a mulher para unir–se ao homem. Porque Ele mesmo disse: “Não convém que o homem fique sozinho, far-lhe-ei uma adjutora ”. Então o celibato é uma coisa antibíblica, total e categoricamente”.
(Comentário: uma exposição equilibrada.)

“Padre: E como que a Igreja Congregação Cristã vê Maria, é a mãe de Deus, ou simplesmente uma mulher que foi instrumento de Deus ?
“Ancião: Maria foi instrumento de Deus. Deus naturalmente não iria escolher uma pecadora. Escolheu uma santa e reconhecemos a santidade de Maria. Agora, há de se convir, que Maria deu a Jesus Cristo a natureza humana, como carne e como mulher, mas a natureza divina ela não deu a Cristo, porque Cristo já existia antes da fundação do mundo. Então Cristo trouxe a natureza divina do Pai e não deve nada a Maria. Porque Deus não deve nada a carne e não deve a Maria. E Maria quando achou–se concebida do Espírito Santo, ela não disse: sou senhora. Ela disse assim: ela louvou a Deus e como serva, achando–se agraciada, e que Deus fizesse com ela aquela obra tão gloriosa, usando-a como instrumento para que nela fosse, então no seu ventre, gerado pelo Espírito Santo, o rei da glória, Jesus Cristo, o verdadeiro Filho de Deus. Para que Ele como Filho manifestado na carne, pudesse se chamar verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Porém, Maria, respeitamos ela e inclusive, cumprimos o único mandamento que ela nos deu, que está no capítulo 2 de S. João, nas bodas de Caná da Galiléia. Cujo, Caná da Galiléia eu estive lá e conheci a cidade. E ela deu o mandamento: ‘Fazei tudo o que Ele vos disser’. Porque ela foi falar com Cristo que não tinha vinho e Ele disse: ‘Que tenho eu contigo, mulher, ainda não é chegada a minha hora’. E ela disse: ‘Fazei tudo o que Ele vos disser’. E, realmente, estamos fazendo tudo o que Cristo nos disse, porque Maria mandou nós fazermos, o que Cristo mandou fazer”.
(Comentário: uma exposição razoável, apenas uma observação: fazemos o que Cristo nos ordenou fazer por obediência à sua palavra e porque Jesus é Deus e não por ordem de Maria.)

“Padre: Independente das imagens, das esculturas que nas Igrejas católicas existem, o senhor acredita que esses santos estão no céu realmente? Por exemplo: Santo Agostinho, São Francisco de Assis e tantos outros?”
“Ancião: Cristo disse, capítulo 03 de S. João: ‘ninguém subiu ao céu, quem desceu do céu, o filho do homem que voltou novamente para o céu ’. Cristo é o único que veio e voltou novamente para o céus. Quando Ele levar a Sua igreja para os céus, Ele vai levar todos, desde Abel até Zacarias, morto entre o alpendre e o altar, como a serviço de Deus. Os Santos apóstolos, os Santos da atualidade e a própria Maria serva de Deus. Ela irá no céu junto com a Igreja, porque não houve ainda a ressurreição dos mortos. Cristo é as primícias dos que dormem. Todos quantos morreram em Cristo, só serão ressuscitados na sua volta, todos os Santos profetas, apóstolos, inclusive Maria”.
(Comentário: vemos, aqui, que o ancião não acredita que os que morreram em Cristo estão no céu. Todavia, vejamos o que diz o apóstolo Paulo em Filipenses 1.23: ‘Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir, e estar com Cristo, porque isto é ainda melhor’. Diante disso, perguntamos: onde está Jesus? Com certeza, no céu, assistindo-nos e intercedendo por nós em todos os momentos de nossa vida.)

“Padre: E até agora, onde estão estes que morreram em Cristo? Como Maria por exemplo? ”
“Ancião: Estão em lugar reservado por Deus, segundo as Escrituras Sagradas, até nos fala o livro de Apocalipse, que os santos reclamavam, certamente num símbolo, dizendo: ‘até quando Senhor terás a nossa alma aqui nesse lugar, e não vingas o nosso sangue derramado pelo amor da tua obra’. E Deus disse: ‘tenhais paciência, aquietais por mais um pouco até que se complete o número dos escolhidos”.
(Comentário: O ancião citou Apocalipse 6.10. Mas, analisando o versículo 9, vemos que os mártires mortos por amor à Palavra de Deus estão debaixo do altar. Que altar? Creio que seja o altar de Deus, significando algum lugar no céu, próximo do Senhor.)

“Padre: Como será o fim do mundo, existirá realmente? Será com água, será com fogo, como será?”
“Ancião: O fim do mundo segundo as Escrituras Sagradas: ‘os céus e Terra que agora existem se reservam para o fogo’. Como exemplo já de Sodoma e Gomorra que já pereceram pelo fogo, assim será o mundo também destruído. E junto com ele serão destruídos os homens do pecado, o diabo, Satanás e todos os anjos caídos. O inferno não foi construído para o homem, foi construído para o diabo e seus anjos. Só que os homens que não obedecerem a Deus irão morar com o diabo”.
(Comentário: uma resposta simples, porém, razoável.)

“Padre: Muito bem eu agradeço então sr. Ancião, por esta oportunidade de conhecer e também de ver um pouco sobre as constituições e sobre a doutrina da Congregação Cristã. E que realmente possamos junto neste caminho de Cristo, sempre ser instrumento do Pai, para que levemos aos outros este caminho de salvação. Obrigado!”
“Ancião: Eu, espero que tenhamos outra oportunidade para nos encontrar. Parece que teremos muito a conversar, absolutamente não querendo diminuir a fé. Mas se Deus nos dar oportunidade de mostrar a ele certamente mais alguma coisa que, talvez não conheça. Como também, ele poderá me mostrar alguma coisa que será de mais uma bagagem para a nossa vida cristã. Muito obrigado por conhecer você e estou muito contente, e esperamos brevemente uma nova entrevista”.
“Padre: Obrigado”.

.......”

Fonte: Portal CCB Online

Comentário Apologético Sobre o Ponto de Doutrina nº 9 da CCB

9º - Devemos nos abster das coisas sacrificadas aos ídolos, do sangue, da carne sufocada e da fornicação, conforme mostrou o Espírito Santo na Assembléia de Jerusalém (Atos 15:28-29; 16:4; 21:25).

As pessoas que cometerem tais pecados deverão ser exortadas com amor, à luz da Palavra de Deus (Bíblia) e sem ameaças de qualquer ordem, a não mais os praticarem. Lembremo-nos sempre do que certa vez disse Jesus aos escribas e aos fariseus: “Quem dentre vós estiver sem pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra” (João 8:7).

João também escreveu dizendo: “Se dissermos que não temos pecado algum, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. Se dissermos que não temos cometido pecado, nós o tornamos mentiroso, e sua palavra não está em nós” (1 João 1:8-10). João disse ainda que se pecarmos temos um Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o justo, que é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos pecados de todo mundo (1 João 2:1-2).

O apóstolo Tiago também nos ensina que “se algum de vós se desviar da verdade e alguém o reconduzir a ela, sabei que aquele que fizer um pecador retornar do erro do seu caminho salvará da morte uma vida e cobrirá uma multidão de pecados” (Tiago 5:19-20).

Um dos maiores exemplos bíblicos do perdão divino acha-se em Davi. O rei Davi, de cuja linhagem humana descendeu Jesus, cometeu pecados graves, mas Deus o perdoou, mediante a confissão do seu pecado e do seu arrependimento. Ele escreveu: “Bem-aventurado aquele cuja transgressão é perdoada e cujo pecado é coberto” (Salmo 32:1). E: Confessei-te o meu pecado e não encobri minha culpa. Eu disse: confessarei as minhas transgressões ao Senhor; e tu perdoaste a culpa do meu pecado. Assim, todo homem piedoso te fará súplicas em tempo de poder te encontrar” (Salmo 32:5-6).

Porém, estejamos atentos às advertências contidas em Romanos 6:12-13: “Portanto não reine o pecado em vosso corpo mortal, a fim de obedecerdes aos seus desejos. Tampouco apresenteis os membros do vosso corpo ao pecado como instrumentos do mal; mas apresentai-vos a Deus como vivificados dentre os mortos, e os membros do vosso corpo a Deus como instrumentos de justiça”; em Hebreus 10:26-27: “Se continuarmos intencionalmente no pecado, depois de receber o pleno conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados, mas uma terrível expectativa de juízo e um fogo ardente que destruirá os adversários”; e no capítulo 12 e versículos 16 e 17 do mesmo livro: “Ninguém seja imoral ou profano, como Esaú, que por uma simples refeição vendeu o seu direito de primogenitura (...) e não achou lugar de arrependimento, ainda que o buscasse com lágrimas”.

Outrossim, não encontramos base bíblica neotestamentária para a exclusão ou o afastamento temporário de membros do seio da igreja. A salvação é individual, e aqueles que tomam as atitudes descritas nas três últimas citações bíblicas acima, receberão sobre si os castigos descritos nas Sagradas Escrituras, sem a necessidade de qualquer ato restritivo da liberdade litúrgica (“perda da liberdade”) por parte do Ministério da igreja. Está escrito: “a obra de cada um se manifestará; pois aquele dia a demonstrará, porque será revelada pelo fogo, e o fogo testará a obra de cada um” (1 Cor. 3:13); e também: “(...) as boas obras aparecem com antecedência, e as obras más não podem permanecer ocultas” (1 Timóteo 5:25).

Temos plena ciência do texto de 1 Coríntios, capítulo 5, e da punição que Paulo sugere que se faça. Entretanto, salientamos que ali ele se referia a práticas específicas daquela igreja, e que extrapolavam até mesmo os limites morais das pessoas mundanas, sendo, portanto, completamente intoleráveis aos cristãos. Corresponderiam hoje, em gravidade, a atos tais como estupro e práticas incestuosas que, além de pecados, são crimes, puníveis não somente pela lei de Deus, mas também dos homens. É por essa razão que o apóstolo já inicia o capítulo dizendo: “De fato, ouve-se que há imoralidade entre vós, e imoralidade do tipo que nem mesmo entre os gentios se vê, a ponto de alguém manter relações sexuais com a mulher de seu pai” (1 Cor. 5:1).

A Arrogância do Ministério da Congregação Cristã no Brasil

Lidar com pessoas que têm crenças ou pontos de vista diferentes dos nossos é sempre um exercício de humildade e de bom senso. Nem sempre é preciso abrir mão das convicções que se tenha, mas é necessário ouvir o outro com serenidade, de forma respeitosa, sem colocá-lo numa posição de inferioridade ou de “inimigo”.
Se percebermos que estamos enganados, ou que não cremos no que afirmávamos, então entra em ação a humildade. Reconhecemos o nosso equívoco e buscamos seguir a verdade que até então desconhecíamos. Todavia, se formos arrogantes, mesmo percebendo o nosso engano não nos arrependeremos dele e, por orgulho, não admitiremos nosso erro. Não suportaremos a “vergonha de confessar que não somos perfeitos” e que por isso estivemos errados. Trata-se muito mais do que apenas uma questão de opiniões divergentes: é uma questão de humildade ou arrogância; de admitir ou não que o outro esteve certo e nós errados. E, se aquele que tinha razão, estiver numa posição hierárquica inferior a nossa, mais humildade ainda será necessária para isso!

Acontece que poucas instituições no mundo são tão intolerantes quanto a “Congregação Cristã”, e são comandadas por pessoas tão arrogantes quanto os seus ministros. Todo membro da CCB sabe que qualquer verdade que seja dita por alguém que não pertença ao Ministério da igreja, não possui valor algum para a instituição.

O “sistema” da “Congregação Cristã” é tão fechado e legalista, que opiniões só são admitidas se forem provenientes do seu “santo” Ministério espiritual. Porém, de maneira nenhuma é suficiente pertencer ao Ministério para ser respeitado... esta é apenas a condição sine qua non (condição indispensável para realizar algo) para que os pensamentos de alguém sejam minimamente tolerados. Para ser realmente ouvido, e levado a sério, é extremamente necessário possuir um dos sobrenomes tradicionais dos “Servos” da CCB, como Couri, Spina, Santin ou alguns outros poucos: é a oligarquia ítalo-brasileira da Congregação Cristã no Brasil.

O termo “oligarquia” (do grego ολιγαρχία, de oligoi, poucos, e arche, governo) tem sua melhor significação como sendo “governo de poucos, em benefício próprio”. No caso da CCB, a palavra se refere às famílias dos “mais antigos” ou “primitivos da obra”, que são, na sua maioria, descendentes de imigrantes italianos que vieram para ao Brasil. É inegável que isto está diretamente associado ao fato de o fundador da denominação ter sido um italiano, Luis Francescon. Entretanto, o que isto tem a ver com a salvação e com a maneira como as pessoas são tratadas pela igreja?!
Além disso, os “sangue-azul” da CCB, a elite ccbista, como não poderia deixar de ser, é nepotista. Na verdade, trata-se da prática dos “cargos ministeriais hereditários”. É completamente improvável que um filho de Ancião não venha um dia a “herdar” o ministério do pai, mesmo sem possuir unção (do Espírito Santo, não a que é dada no momento da ordenação) e maturidade espiritual para tanto.

Mas, esperar outra coisa de pessoas que ensinam os fiéis que estão “na única igreja verdadeira”, “a que mais se parece com a primitiva igreja cristã”, a “graça maravilhosa”; a menosprezar todas as outras igrejas cristãs, rotulando-as indiscriminadamente de “seitas”, a não crer na suficiência do sacrifício de Jesus Cristo na cruz do calvário para nos salvar, e em seu “fardo leve e seu jugo suave”, ou seja, na salvação pela fé, precisando, por esta razão, “completá-lo” com obras (pensar assim, é muito mais do que cometer heresia; é apostatar da fé cristã, ou seja, não crer que Jesus é o único suficiente salvador), especialmente no que se refere a usos e costumes, tais como véu, ósculo santo, homens de terno e gravata na igreja, e etc., infelizmente, é pedir demais.

Receamos que a “Congregação Cristã” tenha dado inicio a um processo irreversível. Todavia, as vozes dissonantes dos que tentam alertá-la do seu erro, ainda não se calarão. Não ocorra, no dia do juízo, de algum ccbista (muito menos do Ministério) alegar desconhecimento destas coisas perante Deus.

20 COISAS QUE A CCB PRECISARIA FAZER PARA DEIXAR DE SER UMA SEITA E SE TORNAR UMA IGREJA EVANGÉLICA DE VERDADE

1 Estudo sistemático (permanente) da Palavra de Deus (Bíblia) = Estudo Bíblico, organizado por faixas etárias = Escola Bíblica

2 Preparação bíblica para os pregadores. É inadmissível que um pregador não conheça profundamente toda a Bíblia Sagrada

3 Comunhão com todas as igrejas evangélicas = A Congregação Cristã não se considerar mais a “graça”, a única Obra de Deus na Terra (fim do exclusivismo)

4 NÃO ao rebatismo de cristãos batizados de acordo com Mateus 28:19/NÃO ao proselitismo (“pesca de aquário”)

5 NÃO à mentira do pecado de morte ser o adultério e a fornicação. Pecado para a morte (sem perdão) é somente a blasfêmia contra o Espírito Santo (Mateus 12:31-32)

6 Fim dos cortes de liberdade por tempo indeterminado, isto é contrário ao amor cristão = aconselhamento/disciplinamento aos que pecam

7 Fim do NEPOTISMO. Parentes de membros do Ministério não devem ser indicados por seus familiares ou amigos de seus familiares para fazerem parte do Corpo Ministerial.

8 Fim da DITADURA DOS “MAIS VELHOS”. A CCB não é um quartel para que a antiguidade (ou a patente) determine o respeito que se deve ter uns pelos outros, ou para que se diga “amém”para tudo o que os “mais antigos” falem . Honre-se o dom e a espiritualidade que Deus, por Sua inifinita misericórdia, deu a cada um, e não somente os anos de Ministério que alguém tenha. Se a idade de uma pessoa refletisse, necessariamente, a sua maturidade espiritual, então Jesus não mereceria nenhum crédito da nossa parte, pois começou seu Ministério com apenas 30 anos, tendo vivido entre nós somente até os 33. Respeitem-se os anciães, porém, lembrando que eles são tão sujeitos a erro quanto qualquer um.

9 Fim de se falar (e de se permitir que se fale) contra outras igrejas e seus dirigentes. Quem quiser defender a doutrina da Congregação, faça-o sem denegrir a imagem das outras denominações sérias

10 Santa Ceia higiênica = copos descartáveis para servir o vinho. Deve-se “beber do cálice” mas não “no cálice”. A CCB tem interpretado erroneamente esta passagem bíblica porque o seu Ministério, além de despreparado bíblica e secularmente, ainda não aceita que outras pessoas os corrijam, para o bem da igreja.

11 Fim da SINTOLOGIA, o “sentir” para tudo = há coisas que se deve sentir para fazer, mas não tudo. Não é necessário “sentir de orar”, por exemplo. A oração é uma obrigação do crente

12 Fim do mito da “infalibilidade ministerial” = O Ministério é tão pecador e sujeito a erro quanto o restante da igreja. Um pregue e os outros julguem se é Deus quem está falando pelo Espírito Santo

13 Fim dos ensinamentos secretos = lista de ensinamentos abertas = reuniões ministeriais abertas

14 Participação feminina na orquestra/colocação de irmãs competentes para a função de maestrinas/liberdade para se formar outros grupos musicais na igreja, além da orquestra

15 Remuneração dos ministros que se dedicarem integralmente ao presbitério. “O trabalhador é digno do seu salário” (1 Timóteo 5:18). Este, deve obedecer ao descrito em 1 Timóteo 3:1-13.

16 Adoção do DÍZIMO, pois ele não é da Lei, é anterior a ela. Abrão deu o dízimo a Melquisedeque (Gn. 14:20 b). Jesus era dizimista, se não fosse os fariseus teriam acusado ele disso, como faziam em relação ao sábado = As cinco coletas da CCB não são bíblicas, mas o dízimo é! = Fim das coletas

17 Fim do mito de que “o crente não peca, comete falha, fraqueza” = todos nós somos pecadores: “Aquele que diz que não peca faz Deus de mentiroso” (1 João 1:7)/pecado não é só adultério e fornicação

18 Aceitação de Palavras (pregações) preparadas previamente. O Espírito Santo não inspira os servos de Deus somente na hora do culto. Além disso, podem haver revelações dadas pelo Espírito Santo, mesmo dentro de uma Palavra preparada.

19 Fim de se pregar USOS E COSTUMES COMO DOUTRINA (legalismo)= o véu, o ósculo santo, e a recomendação de que as mulheres devem ter seus cabelos crescidos (podendo-se entretanto cortá-los), podem ser mantidos, mas não devem ser ensinados como doutrina; isto são apenas usos e costumes e não influenciam em nada na salvação de cada um.

20 Batismo trinitário (Mateus 28:19): em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, por imersão = Fim da absurda fórmula batismal em nome da “quaternidade”: “em nome de Jesus (1 pessoa), e em nome do Pai (2 pessoas), do Filho (3 pessoas) e do Espírito Santo (4 pessoas).

Aceito contestações de cada um dos itens desta lista, desde que sejam feitas com equilíbrio, e com base na Bíblia Sagrada.

Caso alguém queira produzir textos maiores, e também sobre outros assuntos, eles poderão ser publicados aqui, mesmo que sejam para defender a CCB. É claro que estes textos virão acompanhados de um comentário meu, mas ao menos estou disponibilizando este espaço para vocês colocarem o seu ponto de vista.

Quem aceitar a proposta, faça os textos e me mande por e-mail, para revisão, e depois eu publico nas condições que eu falei. mailto:cristaorevoltado@gmail.com

“A Fé Sem Obras é Morta”. Mas... QUAIS Obras?

A fé sem obras é morta” (Tiago 2:26). No entanto, há de se diferenciar as obras da fé, dos usos e costumes. Exemplos de “obras da fé”, segundo Tiago: paciência (Tiago 1:3); sabedoria (Tiago 1:5-6); não fazer acepção de pessoas (Tiago 2:1); caridade (Tiago 2:15-16); crer em um só Deus (Tiago 2:19); obediência aos ordenamentos de Deus (Tiago 2:21).

“Obra”, no sentido que o autor sugere, é sinônimo de “manifestação”, “demonstração”: “mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras” (Tiago 2:18). Por isso, o apóstolo exemplifica dizendo: “E, se o irmão ou a irmã estiverem nus, e tiverem falta de mantimento quotidiano, e algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos, e fartaivos; e não lhes derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito virá daí? Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma” (Tiago 2:15-17). Ou seja: de que adianta teres fé que Deus, porque Ele é bom, pode suprir as suas necessidades, se tu mesmo, podendo ajudá-lo, não fazes esta obra, esta demonstração de amor?).

Realmente, não tem valor algum uma pessoa dizer que tem fé em Jesus, se não pratica os seus ensinamentos, como o amor, o perdão e a fé em Deus. O que se enfatiza na Congregação Cristã, entretanto, não são as obras da fé, mais sim os usos e costumes, que além disso recebem ali o status de “doutrina”. É contra isso que falamos aqui. A fé deve ser acompanhada pelas obras, que são suas demonstrações, mas não por uma série de “exibições visuais” de cunho legalista, como é exaustivamente ensinado nesta e em outras igrejas, sobretudo nas pentecostais.

Se os usos e costumes fizessem alguém ser mais íntimo de Deus, então os fariseus teriam sido os melhores amigos de Jesus.