“A Fé Sem Obras é Morta”. Mas... QUAIS Obras?

A fé sem obras é morta” (Tiago 2:26). No entanto, há de se diferenciar as obras da fé, dos usos e costumes. Exemplos de “obras da fé”, segundo Tiago: paciência (Tiago 1:3); sabedoria (Tiago 1:5-6); não fazer acepção de pessoas (Tiago 2:1); caridade (Tiago 2:15-16); crer em um só Deus (Tiago 2:19); obediência aos ordenamentos de Deus (Tiago 2:21).

“Obra”, no sentido que o autor sugere, é sinônimo de “manifestação”, “demonstração”: “mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras” (Tiago 2:18). Por isso, o apóstolo exemplifica dizendo: “E, se o irmão ou a irmã estiverem nus, e tiverem falta de mantimento quotidiano, e algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos, e fartaivos; e não lhes derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito virá daí? Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma” (Tiago 2:15-17). Ou seja: de que adianta teres fé que Deus, porque Ele é bom, pode suprir as suas necessidades, se tu mesmo, podendo ajudá-lo, não fazes esta obra, esta demonstração de amor?).

Realmente, não tem valor algum uma pessoa dizer que tem fé em Jesus, se não pratica os seus ensinamentos, como o amor, o perdão e a fé em Deus. O que se enfatiza na Congregação Cristã, entretanto, não são as obras da fé, mais sim os usos e costumes, que além disso recebem ali o status de “doutrina”. É contra isso que falamos aqui. A fé deve ser acompanhada pelas obras, que são suas demonstrações, mas não por uma série de “exibições visuais” de cunho legalista, como é exaustivamente ensinado nesta e em outras igrejas, sobretudo nas pentecostais.

Se os usos e costumes fizessem alguém ser mais íntimo de Deus, então os fariseus teriam sido os melhores amigos de Jesus.